E é inútil mandarem-me calar.
De certo modo sou um guerrilheiro
que traz a tiracolo
uma espingarda carregada de poemas
ou se preferem sou um marinheiro
que traz o mar ao colo
e meteu um navio pela terra dentro
e pendurou depois no vento
uma canção.

"Apresentação" (p. 26)

Olá, sou um livro marinheiro. Pretendo partir à procura de aventura, de novos portos e amigos. Nessa altura espero contar com a vossa colaboração com manter o meu "Diário de Bordo" actualizado.

Vamos então inicar o meu Diário de Bordo

1º entrada:
Nasci em 1965 ou 1966, num "País de Abril" ainda em sonho. Um País de Abril que não aparecia nos livros de história como veio depois a acontecer, e que era apenas o sítio do poema.
Fui censurado. Estive proibido. Mas sabem uma coisa ? A palavra ainda é uma das melhores armas de que dispomos.

"Palavras tantas vezes perseguidas
palavras tantas vezes violadas
que não sabem cantar ajoelhadas
que não se rendem mesmo se feridas.

Palavras tantas vezes proibidas
e no entanto as únicas espadas
que ferem sempre mesmo se quebradas
vencedoras ainda que que vencidas."

"As Palavras" (p. 218)

E vou agora começar a espalhar as minhas palavras por esse mundo fora. Conto convosco para me auxiliarem com o relato dessas viagens.

Released on Friday, April 11, 2003 at Largo do Carmo in Lisboa, Lisboa Portugal.

Encontro-me no parapeito do quiosque (que está fechado) em frente à Leitaria Académica. Escondi-me lá não fosse chover.
Estou à vossa espera para me ajudarem a completar o meu Diário de Bordo.