"Livro de autoria de Victor Hugo, que narra a história de um homem coxo e deformado que foi adoptado pelo arcediago Cláudio Frollo. Batizado de Quasímodo, enfrenta uma série de peripécias por conta de um amor não correspondido por uma bela cigana, Esmeralda, que também é assediada por Cláudio."
(wikipédia)

Já chegou!! Depois de tanto tempo à espera (já com um certo medo que se tivessem perdido pelo caminho), os dois volumes lá chegaram na 3ª-Feira. Como estou sem net em casa e não tinha o BCID, só hoje deu para fazer a JE.

Já li uma versão abreviada desta história e gostei bastante... Mas como a versão abreviada não é o mesmo que o original, estou bastante expectante em ler a história completa.

Obrigado BorboletaAzul por este simpático empréstimo. Espero não demorar muito a lê-lo...

O livro é um bocadinho chato até ao capítulo V do Livro Primeiro; só a partir daí é que começa a ser mais interessante. No entanto, continua a haver muitas quebras de narração, especialmente devido às exaustivas lições de História de Arte (que não deixam de ser importantes para situar e contextualizar a história, mas que são uma grande seca), às descrições e reflexões do autor. Veja-se, a título de exemplo, todo o Livro Terceiro, onde descreve exaustivamente a configuração da cidade de Paris no século XV, o que não acrescenta nada à história em si. É que para quem não conhece Paris, o interesse no capítulo depressa se desvanece. Felizmente isso só acontece no Primeiro Volume.

Em todo o caso, já todos ouvimos falar da história de Quasímodo, o Corcunda de Notre-Dame. É precisamente essa história que se esconde por detrás deste título, Nossa Senhora de Paris. E é o querer saber o que é que afinal vai acontecer às personagens (depois de exaustivas apresentações) que nos vai dando paciência para ir lendo o livro, caso contrário fechá-lo-íamos logo ali já que há capítulos quase intermináveis que não atam nem desatam. Agora percebo por que razão se fez uma versão abreviada do livro (aquela que eu li): vai de cortar no que não interessa e fica só o essencial da história.

Tendo dito isto tudo, não quero, porém, que se pense que não gostei do livro. É que até gostei muito. A história está muito bem pensada e, inevitavelmente, acaba de forma trágica, o que (perdoem-me todos aqueles que gostam de finais felizes) me agradou particularmente. É bastante interessante observar o amor romântico e simultaneamente mórbido e cruel de Cláudio Frollo para com Esmeralda. O amor apaixonado e irracional desta para com Febo de Châteupers. E, finalmente, o amor abnegado de Quasímodo para com a cigana.

Mais uma vez, obrigado BorboletaAzul por este simpático empréstimo.

Seguiu ontem de volta à prateleira da BorboletaAzul, a quem agradeço mais uma vez este empréstimo.

Chegou a casa são e salvo =) está disponível para empréstimo!