Escuta, Zé Ninguém!
1 journaler for this copy...
Num tom zangado e paternalista, Reich dirigi-se às massas na primeira pessoa, pouco depois de acabar a II Guerra Mundial, num livro apenas publicado muitos anos mais tarde. Nele critica o Zé Ninguém conformalista, fraco e desinteressado, culpando-o pelo genocídio dos Judeus e a perseguição a Galileu. De consciência ferida (o seu trabalho foi alvo de críticas intensas), vinga-se verbalmente neste livro com frases que passam ao lado do leitor, que se sente no meio de uma discussão entre aluno e professor. Num gesto pouco convincente (e pouco convencido) tenta reeducar o Zé Ninguém, mostra-lhe "a" filosofia de vida de cabeça quente, mas intercaladas com reflexões profundas sobre a sociedade vindas de alguém a quem essa tarefa foi reconhecida. Psiquiatra de renome e psicoanalista experiente, fala como se o Ocidente se tivesse sentado na sua clínica desde sempre e as suas análises convencem.
Pena o Zé Ninguém nunca ler este livro.
Pena o Zé Ninguém nunca ler este livro.