Um, Ninguém e Cem Mil
Registered by MariaCristina of Odivelas, Lisboa (distrito) Portugal on 4/18/2004
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13 journalers for this copy...
Journal Entry 1 by MariaCristina from Odivelas, Lisboa (distrito) Portugal on Sunday, April 18, 2004
Prémio Nobel 1954, Um desvaneio do autor sobre o seu nariz e o modo como descobe que os outros os vêm....
Journal Entry 2 by MariaCristina at metro- carruagem in Lisboa - Campo Grande, Lisboa (cidade) Portugal on Sunday, April 18, 2004
Release planned for Friday, April 23, 2004 at metro- carruagem in lisboa, Campo Grande Portugal.
Um dos livros soltos no GRande dia dos 100 livros
Um dos livros soltos no GRande dia dos 100 livros
Journal Entry 3 by Maria-Nunes from Lisboa - City, Lisboa (cidade) Portugal on Friday, April 23, 2004
"apanhei" hoje este livro, no encontro de bookcrossers, na Gulbenkian :)
Já comecei a lê-lo, pelo caminho. Estou a achar bastante interessante.
Obrigada, Otilia/Cristina.
Já comecei a lê-lo, pelo caminho. Estou a achar bastante interessante.
Obrigada, Otilia/Cristina.
achei este livro espectacular :)
fiquei mesmo fascinada. obrigada, Otilia/Cris
talvez o leve para libertar nos Açores...
fiquei mesmo fascinada. obrigada, Otilia/Cris
talvez o leve para libertar nos Açores...
Eu lá fui lendo este livro, a pouco e pouco, e até ao fim... Não desisti de o ler a meio (apesar de isso me ter passado várias vezes pela cabeça), porque me comprometi a lê-lo até ao fim. Será que não percebi quase nada do que li por andar numa altura mais avessa às leituras? De facto, tenho andado com falta de tempo para me dedicar àquilo que mais gosto (ler e ver filmes), e talvez por causa disso não tive a possibilidade de dar a devida atenção a este livro.
Não posso negar que achei Luigi Pirandello um grande escritor. Este foi o primeiro livro que li dele e gostei de ter tido a oportunidade aqui de ler um livro que se insere naquilo que, creio eu, se pode chamar corrente modernista da literatura europeia da primeira metade do século XX.
A personagem principal, aquela que nos narra a história, é precisamente símbolo de como uma narrativa linear com uma estrutura lógica (sustentada por um fio condutor) é inadequada face à inescrutável complexidade do mundo. Moscarda, ele próprio, toma consciência de que não existe uma realidade, mas sim várias perspectivas da realidade, o que o leva à angústia de se ver no meio da desorientação, da fragmentação e do caos que é o mundo.
Os meus conhecimentos não são muito vastos no assunto, mas penso também ter denotado neste livro uma certa influência da psicanálise, ao que não será alheio, obviamente, o facto de o livro ter sido escrito nos anos 1920 (foi publicado em 1926).
(Já agora, aproveito para corrigir a MariaCristina que, logo na primeira journal entry deste livro diz que o autor ganhou o Prémio Nobel em 1954... um pequeno lapso de teclado, provavelmente, pois como se pode atestar pela capa do livro, ele ganhou o dito prémio em 1934).
Este livro fez-me lembrar bastante de Fernando Pessoa (por causa das diversas considerações "modernas" acerca da fragmentação do eu), ou talvez até mais de Mário de Sá-Carneiro (A Confissão de Lúcio), porque aqui Pirandello transforma em literatura a ideia de que somos múltiplos aos olhos dos outros. Não somos aquilo que somos, mas sim como os outos nos vêem, regressando à ideia de que a realidade não é linear, antes pelo contrário, é uma tessitura infinita composta por inúmeras fibras (a percepção múltipla de um "eu" que não é aquele que é, mas aquele que cada um dos outros vê)...
Ainda que haja uma certa linha narrativa - Moscarda é filho de um banqueiro e, na sua tentativa de desconstrução da(s) visão(ões) que os que o rodeiam têm de si, acaba por executar actos que, aos olhos dos outros, serão considerados loucuras -, ela não se esboça até praticamente metade do livro. E creio que isso dificultou o meu entendimento sobre o que estava a ler. Ainda que tenha lido este livro até ao fim, julgo que não o consegui entender de todo e, assim sendo e em boa consciência, não consigo dizer que gostei de o ler. Achei que está bem escrito, mas não me conseguiu cativar nem entusiasmar... Peço desculpa à Maria-Nunes por ser esta a minha opinião, bem como aos restantes leitores que virão a seguir e que talvez venham a gostar mais deste livro do que eu... Pode ser que as opiniões deles me ajudem a compreender melhor aquilo que penso não ter conseguido perceber numa primeira leitura.
Não posso negar que achei Luigi Pirandello um grande escritor. Este foi o primeiro livro que li dele e gostei de ter tido a oportunidade aqui de ler um livro que se insere naquilo que, creio eu, se pode chamar corrente modernista da literatura europeia da primeira metade do século XX.
A personagem principal, aquela que nos narra a história, é precisamente símbolo de como uma narrativa linear com uma estrutura lógica (sustentada por um fio condutor) é inadequada face à inescrutável complexidade do mundo. Moscarda, ele próprio, toma consciência de que não existe uma realidade, mas sim várias perspectivas da realidade, o que o leva à angústia de se ver no meio da desorientação, da fragmentação e do caos que é o mundo.
Os meus conhecimentos não são muito vastos no assunto, mas penso também ter denotado neste livro uma certa influência da psicanálise, ao que não será alheio, obviamente, o facto de o livro ter sido escrito nos anos 1920 (foi publicado em 1926).
(Já agora, aproveito para corrigir a MariaCristina que, logo na primeira journal entry deste livro diz que o autor ganhou o Prémio Nobel em 1954... um pequeno lapso de teclado, provavelmente, pois como se pode atestar pela capa do livro, ele ganhou o dito prémio em 1934).
Este livro fez-me lembrar bastante de Fernando Pessoa (por causa das diversas considerações "modernas" acerca da fragmentação do eu), ou talvez até mais de Mário de Sá-Carneiro (A Confissão de Lúcio), porque aqui Pirandello transforma em literatura a ideia de que somos múltiplos aos olhos dos outros. Não somos aquilo que somos, mas sim como os outos nos vêem, regressando à ideia de que a realidade não é linear, antes pelo contrário, é uma tessitura infinita composta por inúmeras fibras (a percepção múltipla de um "eu" que não é aquele que é, mas aquele que cada um dos outros vê)...
Ainda que haja uma certa linha narrativa - Moscarda é filho de um banqueiro e, na sua tentativa de desconstrução da(s) visão(ões) que os que o rodeiam têm de si, acaba por executar actos que, aos olhos dos outros, serão considerados loucuras -, ela não se esboça até praticamente metade do livro. E creio que isso dificultou o meu entendimento sobre o que estava a ler. Ainda que tenha lido este livro até ao fim, julgo que não o consegui entender de todo e, assim sendo e em boa consciência, não consigo dizer que gostei de o ler. Achei que está bem escrito, mas não me conseguiu cativar nem entusiasmar... Peço desculpa à Maria-Nunes por ser esta a minha opinião, bem como aos restantes leitores que virão a seguir e que talvez venham a gostar mais deste livro do que eu... Pode ser que as opiniões deles me ajudem a compreender melhor aquilo que penso não ter conseguido perceber numa primeira leitura.
Já está comigo e vai rapidamente para o primeiro lugar da lista TBR ;)
O livro já está a viajar para o próximo leitor :D
Devo confessar que este foi um óptimo livro... para me dar um nó no cérebro! Entre o EU que eu sou, o Eu do meu reflexo e o EU que os outros pensam que sou, há cem mil EUs que a mim não me incomodam nada, mas o coitado do Sr. Moscarda andava bem aflito com eles.
Devo confessar que este foi um óptimo livro... para me dar um nó no cérebro! Entre o EU que eu sou, o Eu do meu reflexo e o EU que os outros pensam que sou, há cem mil EUs que a mim não me incomodam nada, mas o coitado do Sr. Moscarda andava bem aflito com eles.
Março foi atribulado. Não consegui ler o livro, por diversas razões, mas espero ter oportunidade de o ler mais tarde. Apesar de ter tido outras experiências menos interessantes com Pirandello, ao ler este livro na diagonal, fiquei com a impressão de que iria gostar. Paciência. "That's life".
Tentei prolongar o prazo até ao limite, para ver se arranjava tempo para mergulhar nele, por isso, só hoje vou enviá-lo à xtorya.
Tentei prolongar o prazo até ao limite, para ver se arranjava tempo para mergulhar nele, por isso, só hoje vou enviá-lo à xtorya.
Recebido hoje, obrigada Arvores.
Não foi dos meus livros preferidos, mas já o li. Segue viagem amanhã.
Chegou hoje, a ler em breve. Obrigada!
Journal Entry 12 by ladylouve at Lisboa - Benfica, Lisboa (cidade) Portugal on Tuesday, June 18, 2019
Venho um pouco atrasada para dizer o que achei deste livro (recebi-o antes da Pequente), mas a verdade é que o embalei e esqueci-me de escrever sobre ele...
Na verdade, não gostei muito. Achei um discurso confuso e pouco claro, com um objectivo crítico pouco apurado. As dúvidas relativas à identidade do autor pareceram-me um pouco mal explicadas e, assim, foi um pouco difícil ler este livro.
Espero que seja melhor apreciado pelos próximos leitores!
Na verdade, não gostei muito. Achei um discurso confuso e pouco claro, com um objectivo crítico pouco apurado. As dúvidas relativas à identidade do autor pareceram-me um pouco mal explicadas e, assim, foi um pouco difícil ler este livro.
Espero que seja melhor apreciado pelos próximos leitores!
O início foi auspicioso: muito bem escrito, uma personagem principal a fazer-me lembrar um pouco a d’A Pomba de Süskind, que li há pouco tempo, só que mais divertida (afinal, trata-se de um italiano).
Mas lá mais para o meio, os raciocínios tortuosos quase me deram um nó no juízo e estive prestes a desistir. Mas não o fiz, e ainda bem, porque no final, o livro redimiu-se completamente - acabei de o ler com um sorriso nos lábios e incrédula por ter gostado tanto. E esta, hem?
Fica aqui a postos para o passar à irus assim que houver oportunidade - consta que presentemente anda no laréu...
Mas lá mais para o meio, os raciocínios tortuosos quase me deram um nó no juízo e estive prestes a desistir. Mas não o fiz, e ainda bem, porque no final, o livro redimiu-se completamente - acabei de o ler com um sorriso nos lábios e incrédula por ter gostado tanto. E esta, hem?
Fica aqui a postos para o passar à irus assim que houver oportunidade - consta que presentemente anda no laréu...
Bolas, que o senhor Moscarda deveria chamar-se era varejeira, daquelas que andam ali às voltas, a fazer ruídos irritantes e dar-nos cabo da paciência.
Foi o que senti em relação a este livro, que estive quase a deixar, não a meio, mas ainda a um terço. Mas, de certo modo espicaçada pela leitora anterior (que afirmou que o final redimia a leitura), acabei por o levar até ao fim, mas muito na diagonal.
A premissa é interessante - quem somos nós afinal? Aquilo que pensámos de nós mesmo ou aquilo que os outros veem? -, mas achei todas personagens superficiais e irritantes.
Foi o que senti em relação a este livro, que estive quase a deixar, não a meio, mas ainda a um terço. Mas, de certo modo espicaçada pela leitora anterior (que afirmou que o final redimia a leitura), acabei por o levar até ao fim, mas muito na diagonal.
A premissa é interessante - quem somos nós afinal? Aquilo que pensámos de nós mesmo ou aquilo que os outros veem? -, mas achei todas personagens superficiais e irritantes.
Journal Entry 16 by conto at Lisboa (city), Lisboa (distrito) Portugal on Wednesday, August 28, 2019
Eu, que não sou persistente como os leitores anteriores, desisti mesmo. Nem as baixas expectativas me fizeram aumentar a vontade de insistir, mas isso proncipalmente porque há muito desisti de insistir na leitura de coisas de que não estou a gostar. Há demasiadas coisas para ler para andar a ler o que não me diz nada. Assim, fico com mais um nobel por ler, olha que chatice! (hihihi)
Segue caminho amanhã para a próxima da lista, don'Ichigochi.
Segue caminho amanhã para a próxima da lista, don'Ichigochi.
Já está comigo desde o início da semana passada. Obrigada pela partilha e desculpem o atraso na JE.
Tenho este livro, precisamente nesta edição, porque andei a fazer a coleção DN dos Prémios Nobel, mas nunca o li (tal como ainda não li a maior parte da coleção :))
Vou aproveitar esta iniciativa para o tentar ler.
Tenho este livro, precisamente nesta edição, porque andei a fazer a coleção DN dos Prémios Nobel, mas nunca o li (tal como ainda não li a maior parte da coleção :))
Vou aproveitar esta iniciativa para o tentar ler.
Eu, que sou persistente, li o livro até ao fim, embora algumas páginas tenham sido consumidas na diagonal. Além de algumas linhas de pensamento do Moscarda serem particularmente confusas, fiquei com a sensação de que algumas frases não faziam mesmo sentido. Até fiquei a pensar se estariam assim no original ou se foi a tradutora que também se perdeu no discurso do narrador... :)
Tal como alguns leitores anteriores, gostei mais da parte final, quando as reflexões teóricas começam a traduzir-se em ações e a ter consequências.
Obrigada pela partilha.
O livro já está a caminho da marialeitora.
Tal como alguns leitores anteriores, gostei mais da parte final, quando as reflexões teóricas começam a traduzir-se em ações e a ter consequências.
Obrigada pela partilha.
O livro já está a caminho da marialeitora.
e já cá está! vai já de seguida! :)
Não consigo deixar de fazer um paralelismo com o livro que li em setembro...um flipou por causa de uma pomba...o outro por causa de um pequenos desvio do nariz.Da simples descoberta da sua imperfeição no nariz, as reflexões do protagonista vão evoluindo e assumindo proporções cada vez maiores. Vitangelo toma consciência de que a imagem que tinha de si próprio é diferente daquele que os outros têm de si. E mesmo os outros, não têm todos uma só ideia. Cada um dos outros o vê a seu modo e, como tal, não existe apenas um Vitangelo, mas uma infinidade deles. Então e a imagem que ele tem de si mesmo? Será válida? Será esse o verdadeiro Vitangelo Moscarda, aquele que é visto pelo próprio? Não. É neste ponto que a reflexão do protagonista assume dimensões catastróficas e irreversíveis para a sua saúde mental – a descoberta da impossibilidade de nos vermos a nós próprios sem qualquer condicionante. Quando nos olhamos a um espelho, já não estamos a ser nós próprios. Estamos a actuar para o espelho e o nosso comportamento é artificial. Só nos vemos a viver, em estado puro, em ocasiões muito raras, quando nos tiram uma foto sem sabermos ou quando vemos, sem preparação, um reflexo nosso. Então, perante esta perspectiva de ser ao mesmo tempo um, ninguém e cem mil, Vitangelo Moscarda cai no abismo da loucura. É um livro filosófico da procura da identidade e é uma obra fascinante, a ser lida e relida. É um livro que nos deixa a pensar durante muito tempo. E por momentos, quase que partilhamos um pouco da loucura de Vitangelo. Vou ter que o reler. Esta leitura entre ontem e hoje deixou-me atarantada. Mas gostei muito!
Journal Entry 21 by MariaBarradas at Lisboa - City, Lisboa (cidade) Portugal on Thursday, October 31, 2019
Já chegou, obrigada!
Journal Entry 22 by MariaBarradas at Lisboa - City, Lisboa (cidade) Portugal on Monday, November 11, 2019
Não foi uma leitura nada fácil. No princípio gostei, um homem que se olha noe spelho e começa a questionar se a sua visão de si próprio e do mundo são reais. No meio estive para desistir, ainda bem que não o fiz. Gostei bastante mais do final, em que o discurso muda e o personagem começa a mostrar mais atitude.
A Maria-Nunes não o quis de volta pelo que fica disponível para novas viagens.
A Maria-Nunes não o quis de volta pelo que fica disponível para novas viagens.
Journal Entry 23 by MariaBarradas at Jardim Quinta das Conchas in Lisboa - City, Lisboa (cidade) Portugal on Tuesday, May 19, 2020
Released 3 yrs ago (5/19/2020 UTC) at Jardim Quinta das Conchas in Lisboa - City, Lisboa (cidade) Portugal
WILD RELEASE NOTES:
Deixado na conchas little free library # 32875.
A QUEM ENCONTRAR ESTE LIVRO:
Este livro foi libertado com o objectivo de viajar de mão em mão, em busca de novos leitores. Faz uma breve nota a explicar como ele chegou até ti e outra quando terminares de o ler (para ficarmos a saber a tua opinião). De seguida, volta a libertá-lo para que outros possam lê-lo.
Se entretanto decidires registar-te e fazer parte desta comunidade, podes sempre contar com a minha ajuda no que for preciso. Não te esqueças também de visitar o site de apoio português.
Lê e Liberta! Faz do Mundo uma Biblioteca!
A QUEM ENCONTRAR ESTE LIVRO:
Este livro foi libertado com o objectivo de viajar de mão em mão, em busca de novos leitores. Faz uma breve nota a explicar como ele chegou até ti e outra quando terminares de o ler (para ficarmos a saber a tua opinião). De seguida, volta a libertá-lo para que outros possam lê-lo.
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