A Bibliotecária de Auschwitz

by ANTONIO G. ITURBE | Literature & Fiction | This book has not been rated.
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Journal Entry 1 by Cokas from Almada, Setúbal Portugal on Sunday, April 29, 2018

SINOPSE

Uma Edição Especial com uma nova imagem e um formato inédito, que combina a capa dura, com uma sobrecapa em acetato transparente, a cores.

Com base no testemunho da jovem bibliotecária checa do Bloco 31, este livro conta a história inacreditável, mas verídica, de uma jovem que arriscou a vida para manter viva a magia dos livros ao esconder dos nazis durante anos a sua pequena biblioteca, de apenas 8 volumes, no campo de extermínio de Auschwitz.


DETALHES DO PRODUTO

ISBN: 9789896579791
Ano de edição ou reimpressão: 10-2017
Editor: Editorial Planeta
Idioma: Português
Dimensões: 139 x 205 x 26 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 400
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Romance


O AUTOR

Dedica-se há mais de vinte anos ao jornalismo cultural. Foi coordenador do suplemento televisivo de El Periódico, redactor da revista de cinema Fantastic Magazine e trabalha há dezassete anos na revista Qué Leer, de que é actualmente director. Colaborou, entre outros órgãos de comunicação social, nas secções de livros dos programas de rádio de «Protagonistas» Ona Catalana, ICat FM e a Cope, e em suplementos culturais de jornais como La Vanguardia ou Avui.

Publicou dois romances, e é autor de uma série de êxito de livros infantis.


Journal Entry 2 by Cokas at Almada, Setúbal Portugal on Sunday, April 29, 2018

Visitar Auschwitz - 30, 50, 70 anos após o Holocausto - muda a vida de qualquer um porque nos coloca à frente, a cru, as atrocidades praticadas por seres humanos sobre outros da sua espécie. Muda-nos, também, porque nos faz carregar o peso de algumas interrogações: de que lado teriam sido colocadas as nossas famílias materna e paterna se a guerra tivesse chegado a Portugal?; se do lado das vítimas, teriam sobrevivido?; se do lado dos arianos, teriam feito parte da resistência consciente, dos delatores convictos ou daquela massa amorfa, incapaz de ir além do próprio umbigo, que prefere fingir que nada vê, nada ouve, nada sabe, e assim vai escapando?

Ao longo dos anos, das leituras sobre a temática, das visitas que realizei a campos de concentração e dos regimes totalitários que ainda persistem, fui-me apercebendo de que a paz com que hoje acordámos pode não estar cá amanhã. Esta tomada de consciência - que assusta, é certo - permite também valorizar ainda mais a liberdade e a dignidade de que gozamos.

Neste livro magnífico, acompanhamos a vida de Dita, uma menina judia, durante os anos em que esteve cativa na teia da Alemanha Nazi. Apaixonada por livros, torna-se na bibliotecária de Auschwitz, zelando pelos oito livros clandestinos aí existentes. Um trabalho perigoso, que lhe poderá custar a vida, mas que Dita encara como um escape para si própria e para todos aqueles que seguem à boleia naqueles livros e, por algum tempo, são novamente livres e felizes.

Elisabeth Volkenrath, uma cabeleireira filiada no partido nazi e alistada nas SS, passa pelo campo de extermínio de Auschwitz, onde ordena inúmeras execuções, e acaba como supervisora no campo de trabalhos de Bergen-Belsen, cruzando-se com a nossa heroína. Elisabeth é uma das personagens histórias deste livro. Uma simples cabeleireira cuja vida teria sido provavelmente muito diferente, e mais longa, noutras circunstâncias. Porque a guerra traz ao de cima o melhor e o pior de cada um. E tanto destrói a vítima como, mais tarde ou mais cedo, o opressor.

*****

«Não importa quantas escolas os nazis fecham (...). Sempre que alguém se detiver numa esquina a contar qualquer coisa e algumas crianças se juntarem à sua volta para ouvir, aí terá sido fundada uma escola.» (pág. 13)

«Ao longo da História, todos os ditadores, tiranos e opressores (...) tiveram uma coisa em comum: todo, sem exceção, perseguiram os livros com uma sanha feroz. Os livros são perigosos, fazem pensar.» (pág. 15)

«Viver é um verbo que só se conjuga no presente.» (pág. 25)

«Rir e chorar recorda-lhes que ainda são seres humanos.» (pág. 35)

«Mastigas o medo e tratas de engoli-lo. E segues em frente. Os valentes alimentam-se do seu próprio medo.» (pág. 58)

«O atleta mais forte não é o que chega em primeiro lugar à meta. Esse é o mais rápido. O mais forte é o que se levanta cada vez que cai. O que não pára quando sente uma dor no flanco. O que quando vê a meta muito longe não desiste. Quando esse corredor chega à meta, ainda que seja o último, é um vencedor. Por vezes, mesmo que queiram, não está na vossa mão ser o mais rápido, porque as vossas pernas não são tão compridas ou os vossos pulmões são mais estreitos. Mas podem sempre escolher ser o mais forte. Só depende de vocês, da vossa vontade e do vosso esforço. Não vos vou pedir que sejam os mais rápidos, mas vou exigir-lhes que sejam os mais fortes.» (pág. 59)

«Os livros nunca perdem a memória.» (pág. 82)

«É dessas pessoas que têm sempre pressa, mas têm sempre tempo.» (pág. 92)

«quando não se pode sonhar com o futuro, pode-se sempre sonhar com o passado.» (pág. 95)

«Há coisas para as quais é melhor não nos prepararmos.» (pág. 116)

«A desconfiança é uma comichão que começa devagar, mas quando uma pessoa se dá conta, já não consegue parar de se coçar.» (pág. 116)

«Os romances acrescentam à vida aquilo que lhes falta.» (pág. 118)

«Há anos que tenta tapas as gretas com um cimento de mentiras que se desfaz quando se lhe toca.» (pág. 140)

«É esse o problema dos mitos: nunca caem, desmoronam-se.» (pág. 142)

«Troçar dos outros sempre foi uma maneira de pôr um penso rápido nos nossos próprios medos.» (pág. 160)

«O futuro nunca se pode medir.» (pág. 161)

«Há uma idade em que o corpo decide por nós.» (pág. 164)

«Os adultos são um material torcido. Por isso os jovens são tão importantes. A eles ainda se pode moldá-los, torná-los melhores.» (pág. 167)

«Faleceu. Como se pode resolver uma vida numa única palavra tão curta? Como pode caber tanta dor em tão poucas letras?» (pág. 186)

«Os que partem não sofrem.» (pág. 189)

«Deus semeia e o diabo ceifa.» (pág. 203)

«Ler é uma alegria.» (pág. 213)

«A verdade é a primeira vítima da guerra.» (pág. 258)

«Sorte. Por vezes, é preciso agarrá-la pelo pescoço.» (pág. 275)

«Medo (...) óxido que afeta até as convicções de ferro. Corrói tudo.» (pág. 277)

«A vida, qualquer vida, dura sempre muito pouco.» (pág. 278)

«Os medos são plantas noturnas que crescem na escuridão.» (pág. 295)

«A paz tem destas exigências: há que apagar o mais depressa possível os efeitos da guerra.» (pág. 367)

«O mundo torna-se enorme quando nos sentimos pequenos.» (pág. 374)

«Esse fio que une as pessoas. que se converte num novelo.» (pág.376)

«Sabia melhor do que ninguém que o comunismo era um belo caminho que terminava num precipício.» (pág. 380)



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