SINOPSE

As nossas almas na noite é uma pequena jóia literária: uma história breve, comovente, agridoce, mas inspiradora e bem-humorada, sobre as segundas oportunidades na vida, mesmo quando parece ser tarde demais.

Em Holt, uma pequena cidade do Colorado, Addie Moore faz uma visita inesperada a Louis Waters, seu vizinho. Viúvos, às portas da velhice, ambos tentam acomodar-se a uma vida diferente, nas casas agora vazias. O mais difícil de suportar são as longas noites solitárias. Addie não está disposta a aceitar uma vida tão cinzenta, e então propõe a Louis que ele passe a dormir em sua casa, para ambos terem alguém com quem conversar à noite. Perante tão inesperado convite, Louis não tem opção senão aceitar. Pouco a pouco, Louis e Addie vão despindo a alma nessas noites, revivendo os sonhos da juventude, as doçuras e amarguras do casamento, as esperanças do passado, os medos do presente. Noite após noite, os dois estão cada vez mais certos de querer passar juntos o resto dos seus dias. Neste aclamado romance, que terminou poucos dias antes de morrer, Kent Haruf retrata com ternura e delicadeza as segundas oportunidades e a emoção de redescobrir os pequenos prazeres da vida que podem ganhar um novo sentido mesmo quando parece ser tarde demais.

CRÍTICAS DE IMPRENSA

«Absolutamente encantador, destilado até à mais elementar pureza… é uma obra tão terna, tão polida, que parece nem teríamos direito a uma tão grande bênção.» The Washington Post

«Este romance é como luz que se segue ao pôr-do-sol numa noite de Verão, quando o céu ainda está claro e há muito para ver, se nos dermos ao trabalho de olhar.» The Seattle Times

«Um escritor que possui uma originalidade deslumbrante. Fala pausadamente, com intimidade mas com contenção. Haruf é muito cuidadoso a contar uma boa história. E esta é uma boa história, boa de forma simples; destila verdade.» The Guardian

«Os romances de Ken Haruf estão impregnados de um afeto e de uma compaixão tais que transformam os pormenores mais banais em poesia. Como a luz quente que sai da janela de Addie, o romance de Haruf é um raio de esperança. Este autor vai fazer muita falta.» Financial Times

«As segundas oportunidades sempre foram um tema caro a Haruf. Mas neste livro sobre o amor e o luto, escrito nas derradeiras horas, o autor produziu a sua mais intensa evocação desses temas. Nestas breves páginas estão todas as questões importantes que se levantam na aurora da vida.» The Boston Globe

«Há muita sabedoria neste pequeno livro, polido até ao essencial… Uma pequena jóia, discreta escrita numa linguagem tão simples que até brilha.» The Sidney Morning Herald

«O grande tema deste autor foi sempre o conflito entre a decência e a pequenez, e ele era especialmente brilhante a fazer dessa decência um tema comovente… Os leitores darão graças por ter lido este livro, que é uma ode às coisas simples mas profundas.» The New York Times book Reviem

«Breve, espartano e comovente…» The Wall Street Journal

«As nossas almas na noite é um belíssimo último capítulo de uma obra que valorizou a resiliência acima de tudo. Com este livro, Haruf oferece aos leitores um mapa do futuro, que não é fácil nem indolor, mas que não precisa de ser solitário.» Esquire

«Um presente de despedida de Kent Haruf, que nos recorda quanto sentiremos falta da sua escrita extraordinária, da pequena cidade de Holt e das suas pessoas.» The Denver Post

Comprei este livro impulsionada pelo facto de ter sido adaptado para um filme que junta, mais uma vez, Jane Fonda e Robert Redford, agora com 79 e 81 anos, respetivamente.



Trata-se de um livro tipicamente americano, sem gorduras, com frases simples, capítulos curtos, muitos diálogos e um fio cronológico simples de seguir. Um livro que se lê em cerca de 4 a 5 horas, que não cansa, que nos faz refletir sobre o modo como conduzimos a vida, como esta é sempre breve demais mas, também, acerca dos preconceitos instalados e desta recente tendência global dos filhos decidirem sobre a vida dos pais, retirando aos idosos o que de melhor o ser vivo possui - a sua liberdade de escolha.

Escrito por Kent Haruf, após lhe ter sido diagnosticada uma doença grave e de lhe terem sido dados poucos meses de vida, este livro reveste-se de um valor acrescido. Estas são as últimas palavras que Haruf quis deixar ao mundo. Neste último capítulo da sua vida, a mensagem é de esperança e coragem mas, acima de tudo, de resiliência. Porque não podendo mudar o nosso passado nem o mundo, podemos sempre sobreviver-lhes, adaptando o nosso presente a este.