As sete estradinhas de Catete
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"Angola, anos 70 . O napalm reduz a cinzas as aldeias, na Lunda extraem-se os diamantes que alimentam os mais desvairados sonhos e perigos, a guerrilha e a contestação avançam, a repressão da PIDE aumenta. Na cidade de Henrique Carvalho - onde vive Guilherme, filho de um oficial do exército português -, a vida dos brancos e dos pretos, dos militares e dos paisanos, dos adultos e das crianças, está prestes a ser virada do avesso pela Revolução que acontece na Metrópole e vai rebentar com os códigos impostos, submergindo a pacatez e a paz podre até então vigentes num banho de sangue, vingança e verdade. Mas Guilherme ainda não o sabe: as suas preocupações são fomentar pequenas acções de guerrilha contra os símbolos do terror escolar e arranjar respostas para as incógnitas de Deus, do sexo feminino e das relações entre brancos e pretos. Porém, à medida que se vai tornando adolescente e que, a par da ruína do sistema colonial, assiste à degradação do próprio ambiente familiar, descobre que a vida e o mundo não são regidos pelos conceitos (ou melhor, preconceitos) que lhe foram incutidos até então. Um romance de iniciação notável, que descreve as dores e as maravilhas do crescimento, na sociedade angolana colonial e pós-colonial como nunca anteriormente foi vista na literatura portuguesa."
Muito obrigada, Arvores, por teres colocado este livro na Book-box! A ler este verão.
Não sei porque demorei tanto tempo a ler este livro. Foi ficando no fundo da pilha TBR, ficando... peguei-lhe agora e devo dizer que gostei imenso. Não é um livro tão fácil como pode parecer, pelos olhos semi-inocentes de uma criança vamos lendo, adivinhando, constatando tudo o que de duro teve a guerra, e as muitas guerras que a guerra provocou na vida, na sociedade, nas famílias. O livro mostra muito bem como a sociedade colonial funcionava no fim do regime, com todas as suas contradições, racismo e preconceitos. Mas mostra também que não tem de ser assim. No meio de uma narrativa que deixa um travo algo amargo há, pois, réstias de esperança. Obrigada pela oportunidade.
Este livro vai seguir viagem na iniciativa "Chuva de livros - aniversário".
E hoje chegou, num belo dia de primavera.
Obrigada, fungaga.
Obrigada, fungaga.
A história é interessante, mas a escrita não me cativou.