Número Zero
8 journalers for this copy...
Saiu o ano passado e foi lido nessa altura.
Não me desiludiu como é hábito com este senhor.
Ring:
Para já:
Ladylouve
Pequete
Iris
Não me desiludiu como é hábito com este senhor.
Ring:
Para já:
Ladylouve
Pequete
Iris
Released 8 yrs ago (3/4/2016 UTC) at Lisboa - City, Lisboa (cidade) Portugal
CONTROLLED RELEASE NOTES:
Vai passear até à ladylouve.
Boa leitura :)
Boa leitura :)
Journal Entry 3 by ladylouve at Lisboa - Benfica, Lisboa (cidade) Portugal on Thursday, March 17, 2016
Já o recebi há uns dias, mas só agora pude fazer a JE. Perdão!
Vou demorar um pouquito a chegar a ele pois estou atafulhada de rings, mas prometo ser breve. Para mais é pequerrucho, portanto acho que vou conseguir :)
Nota: foi uma experiência surreal receber o meu próprio envelope com alterações. Até pensei que era uma encomenda devolvida :v
Vou demorar um pouquito a chegar a ele pois estou atafulhada de rings, mas prometo ser breve. Para mais é pequerrucho, portanto acho que vou conseguir :)
Nota: foi uma experiência surreal receber o meu próprio envelope com alterações. Até pensei que era uma encomenda devolvida :v
Journal Entry 4 by ladylouve at Lisboa - Benfica, Lisboa (cidade) Portugal on Friday, March 25, 2016
Gostei muito! Achei curioso como, desta vez, a escrita é tão simples... E achei que no fundo se trata de uma crítica ao método jornalístico e aos jornalistas em geral! No entanto, pareceu-me também que o livro terminou demasiado cedo e que a conspiração relatada nos diálogos poderia ter sido um pouco mais envolvente. Digo mais aqui: http://naomeapeteceestudar.blogspot.pt/2016/03/numero-zero.html
Agradeço muito a oportunidade de ler este livro! :) Agora, regressa a casa. :)
Agradeço muito a oportunidade de ler este livro! :) Agora, regressa a casa. :)
Journal Entry 5 by ladylouve at Lisboa - Benfica, Lisboa (cidade) Portugal on Wednesday, April 13, 2016
Lá vai ele, a caminho da nossa irus!
Obrigada!
Obrigada!
E cá está ele - parece uma ótima companhia para este fim de semana chuvoso.
Obrigada a ambas
Obrigada a ambas
Ao longo da leitura do livro não pude deixar de pensar nos casos nacionais - em que o mais evidente será o Correio da Manhã, mas não só - em que esta crítica ao jornalismo poderia encaixar. Não-notícas feitas para descredibilizar futuros oponentes, lançamento de boatos infundados, ou, pelo contrário, a ocultação de notícias que poderão pôr em causa o proprietário do jornal. Enfim, o livro é um manual do mau jornalismo, que não andará muito longe da verdade. Para uma nota atual pense-se nos Panama Papers.
Um exemplo: "A questão é que os jornais não são feitos para difundir, mas para encobrir as notícias. Acontece o facto X, não podes deixar de falar nele, mas embaraça demasiada gente, e então, nesse mesmo número, metes grandes títulos de fazer eriçar os cabelos, mãe degola os 4 filhos, talvez as nossas poupanças acabem reduzidas a cinzas, descoberta carta de insultos de Garibaldi a Nuno Bixio, e por aí fora, a tua notícia afoga-se no grande mar de informação"
O mais confuso, por desconhecer muitos nomes e dados da história italiana, foi seguir a teoria da conspiração sobre assassinato de Mussolini.
Vou tentar passá-lo à Pequete, amanhã, se conseguir marcar um encontro para a entrega do livro.
Um exemplo: "A questão é que os jornais não são feitos para difundir, mas para encobrir as notícias. Acontece o facto X, não podes deixar de falar nele, mas embaraça demasiada gente, e então, nesse mesmo número, metes grandes títulos de fazer eriçar os cabelos, mãe degola os 4 filhos, talvez as nossas poupanças acabem reduzidas a cinzas, descoberta carta de insultos de Garibaldi a Nuno Bixio, e por aí fora, a tua notícia afoga-se no grande mar de informação"
O mais confuso, por desconhecer muitos nomes e dados da história italiana, foi seguir a teoria da conspiração sobre assassinato de Mussolini.
Vou tentar passá-lo à Pequete, amanhã, se conseguir marcar um encontro para a entrega do livro.
E o encontro - muito agradável, aliás -aconteceu mesmo, e o livro já está comigo. Em princípio só lhe vou poder pegar no fim-de-semana, até lá, fica aqui em cima do computador, a incentivar-me a trabalhar mais depressa...
É um livro pequeno, que se lê num instante, mas tem bastante "sumo". Critica o jornalismo na sua forma mais baixa: a informação sacrificada à manipulação e à chantagem. E a ironia desencantada com que os protagonistas se conformam ao estado das coisas em Itália, mas também no resto do mundo, não nos podia assentar melhor:
"Esta verdade fará parecer mentira qualquer outra revelação. (...) A partir de amanhã, podes andar por aí a dizer que o Papa degola crianças e depois as come, ou que foi Madre Teresa de Calcutá quem pôs a bomba no Italicus, que as pessoas dirão: "Ah, sim? Curioso", virar-se-ão para o outro lado e continuarão a tratar dos seus assuntos. (...) Já nada nos pode perturbar, neste país. (...) O único problema sério para o bom cidadão é não pagar os impostos, e, depois, os que mandam que façam o que quiserem, afinal é sempre a mesma mangedoura."
"Se somos capazes, em primeiro lugar, de aceitar e em seguida, de esquecer todas as coisas que nos contou a BBC, isso significa que estamos a habituar-nos a perder a vergonha. Não viste como todos os entrevistados desta noite contavam tranquilamente que tinham feito isto ou aquilo, e que estavam quase à espera de uma medalha? Não mais claros-escuros do barroco, coisas de Contra-Reforma - os tráficos emergirão en plein air, como se os impressionistas os pintassem: corrupção autorizada, o mafioso oficialmente no parlamento, o evasor fiscal no governo, e na prisão só os pilha-galinhas albaneses."
"A vida é suportável, basta conformarmo-nos."
Agora estou à espera que a cometa me diga para onde o devo fazer seguir, uma vez que a irus foi quem mo passou a mim.
"Esta verdade fará parecer mentira qualquer outra revelação. (...) A partir de amanhã, podes andar por aí a dizer que o Papa degola crianças e depois as come, ou que foi Madre Teresa de Calcutá quem pôs a bomba no Italicus, que as pessoas dirão: "Ah, sim? Curioso", virar-se-ão para o outro lado e continuarão a tratar dos seus assuntos. (...) Já nada nos pode perturbar, neste país. (...) O único problema sério para o bom cidadão é não pagar os impostos, e, depois, os que mandam que façam o que quiserem, afinal é sempre a mesma mangedoura."
"Se somos capazes, em primeiro lugar, de aceitar e em seguida, de esquecer todas as coisas que nos contou a BBC, isso significa que estamos a habituar-nos a perder a vergonha. Não viste como todos os entrevistados desta noite contavam tranquilamente que tinham feito isto ou aquilo, e que estavam quase à espera de uma medalha? Não mais claros-escuros do barroco, coisas de Contra-Reforma - os tráficos emergirão en plein air, como se os impressionistas os pintassem: corrupção autorizada, o mafioso oficialmente no parlamento, o evasor fiscal no governo, e na prisão só os pilha-galinhas albaneses."
"A vida é suportável, basta conformarmo-nos."
Agora estou à espera que a cometa me diga para onde o devo fazer seguir, uma vez que a irus foi quem mo passou a mim.
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Seguiu esta manhã para a xtorya!
Recebido hoje, obrigada.
Já lido, seguiu hoje para o Joaquimponte.
Journal Entry 14 by joaquimponte at Lumiar - Quinta das Conchas, Lisboa (cidade) Portugal on Thursday, June 23, 2016
Ora cá está mais um Eco . Mais um , não! Mais Zeero :) Creio que o lerei num instante . Obrigado cometa54
Journal Entry 15 by joaquimponte at Lumiar - Quinta das Conchas, Lisboa (cidade) Portugal on Friday, July 8, 2016
É verdade que Umberto Eco nunca desilude. Eco tem a capacidade de analisar a sociedade com inteligencia e humor. Mas este mergulho no mundo do jornalismo ( que no mundo de hoje passou a ser descaracterizado pelo mito do sucesso e pela subordinação ao poder do dinheiro) este livro lembra duas coisas que me pareceram especiais:
1- Eco repete o mesmo truque literario que usou em "O pendulo de Foucauld" ( a ideia de que um jornalista se põe a inventar noticias e de repente , sem querer, ate acerta , desencadeando uma serie de reacçoes que nao compreende). So que no "Pendulo" a trama esta melhor desenvolvida.
2- Fala da estrutura de poder "Mafia-like" sugerindo que a Cosa Nostra já não é uma banal organização criminosa mas sim a estrutura base do poder munidal na era da globalização. Fiquei a pensar nesta ideia.
Enfim, isto é Eco :) mas a trama deste enredo senti-a algo incompleta .
Segue para casa ? Thanks again cometa54
1- Eco repete o mesmo truque literario que usou em "O pendulo de Foucauld" ( a ideia de que um jornalista se põe a inventar noticias e de repente , sem querer, ate acerta , desencadeando uma serie de reacçoes que nao compreende). So que no "Pendulo" a trama esta melhor desenvolvida.
2- Fala da estrutura de poder "Mafia-like" sugerindo que a Cosa Nostra já não é uma banal organização criminosa mas sim a estrutura base do poder munidal na era da globalização. Fiquei a pensar nesta ideia.
Enfim, isto é Eco :) mas a trama deste enredo senti-a algo incompleta .
Segue para casa ? Thanks again cometa54
Está comigo! Obrigada!!
Journal Entry 17 by FallenAngels at Parede, Lisboa (distrito) Portugal on Tuesday, September 27, 2016
Pois, que dizer...excelente Eco. E vem de encontro àquilo que tenho notado, cada vez mais flagrantemente no jornalismo: afinal noticiam o quê? Nas notícias do dia-a-dia, ouço ou leio e fico a pensar sempre que algo está em falta, ora se eu me dou conta, o jornalista não? Ou será que sim, mas não interessa?
Um exemplo: as notícias televisivas sobre os nossos tão 'característicos' fogos: eu não quero ver florestas a arder, nem pessoas desesperadas (já sei que o estão...), nem jornalistas a perguntar 'Como se sente? (dah...) Eu quero saber porque é que aquele fogo existe!
Enfim, um bom retrato do jornalismo moderno e uma leitura muito apreciada.
Obrigada pela partilha!
Vai seguir para Awryn!
Um exemplo: as notícias televisivas sobre os nossos tão 'característicos' fogos: eu não quero ver florestas a arder, nem pessoas desesperadas (já sei que o estão...), nem jornalistas a perguntar 'Como se sente? (dah...) Eu quero saber porque é que aquele fogo existe!
Enfim, um bom retrato do jornalismo moderno e uma leitura muito apreciada.
Obrigada pela partilha!
Vai seguir para Awryn!
ja chegou.obrigada
o livro é interessante.Aborda questoes importantes e muito actuais.Achei giro ler toda aquela parte da teoria da conspiraçao.obrigada