A terceira condição

by Amos Oz | Literature & Fiction |
ISBN: 9789724115453 Global Overview for this book
Registered by ichigochi of Vila Nova de Gaia, Porto Portugal on 12/15/2015
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Journal Entry 1 by ichigochi from Vila Nova de Gaia, Porto Portugal on Tuesday, December 15, 2015
Este livro vai para a minha afilhada da Troca de Natal de 2015.
Vou mantê-lo secreto até chegar às mãos dela.
Que livro será? Para quem irá? :D

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Agora que chegou ao destino, já posso colocar a sinopse e o meu comentário. :)

"Fima é um sonhador totalmente incapaz de agir sobre a sua própria vida. Este homem de meia-idade sofre por sentir que decepcionou o seu pai ao acomodar-se a um emprego como recepcionista de uma clínica ginecológica, e a sua ex-mulher, a quem permitiu abandonar o casamento sem opor qualquer resistência.
Fima também se decepciona a si próprio diariamente. Fascinado pela carismática Annette, nada faz para se aproximar dela e mantém uma amizade estéril com Nina, para quem cada acto sexual dá azo a uma obsessiva espiral de limpeza pessoal e doméstica. Ele não consegue sequer matar uma barata sem que se sinta sufocar em reflexões sobre o povo judeu.
Fima acabará, contudo, por ter o seu momento de redenção durante um passeio pelas ruas de Jerusalém, quando se pacifica por fim com o seu estatuto de judeu errante."

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Fima não é o herói habitual. Desajeitado, trapalhão, azarado, descuidado com a aparência... acho que ele próprio ficaria surpreendido por ser o protagonista de um romance :)
Apesar dos seus conhecimentos de história e das ideias esclarecidas sobre a actualidade política, não consegue dar um rumo consequente à própria vida.
Ao longo do livro, acompanhamo-lo no dia-a-dia, entre a casa, os cafés, o trabalho de recepcionista, as casas dos amigos, ou as simples deambulações pelas ruas de Jerusalém, enquanto reflecte muito (sobre o seu passado, a situação presente ou os planos para o futuro), discute e argumenta com toda a gente e preside a conselhos de ministros imaginários.
Gostei do hábito que ele tem de corrigir o hebraico e de criticar automaticamente qualquer construção frásica menos feliz ou de identificar expressões que não passem de lugares-comuns, seja onde for, desde um folheto informativo de ginecologia até uma notícia no jornal ou uma frase que ele próprio acabou de pensar... :)
O livro tem um leque de personagens muito interessante mas é acima de tudo uma forma original de abordar e de nos fazer reflectir sobre o eterno conflito israelo-palestiniano.

Journal Entry 2 by PaiNatal at Lisboa - City, Lisboa (cidade) Portugal on Tuesday, December 15, 2015
Um livro surpresa para uma bookcrosser surpresa! Quem será ela?

HO HO HO! Festas Felizes!

Journal Entry 3 by irus at Bragança, Bragança Portugal on Tuesday, December 22, 2015
Surpresa! Sou eu a feliz contemplada. E nem imaginas como me fizeste feliz. Amos Oz é um autor em que ainda não me estreei e este livro parece mesmo ter a minha cara.
Feliz Natal para toda a família ichigochiana.

Journal Entry 4 by irus at Bragança, Bragança Portugal on Saturday, February 13, 2016
Este livro deixou-me dividida.
Por um lado é um retrato interessante de certa parte da sociedade israelita: culta, viajada, com fortes posições políticas, mas desenraizada. Todos os personagens são amargos e infelizes, e é Fima quem assiste aos jogos de bastidores, o confidente do pequeno Dimi, o amante da amiga casada ou de uma bela diva abandonada pelo marido.
Por outro lado o mesmo Fima é um valente chato, sempre pendurado na nova família da ex-mulher, sempre a incomodar os amigos com telefonemas e visitas a horas inoportunas, irresponsável, sujo, sempre a faltar aos compromissos e às promessas que faz a si próprio.
Pode ser um retrato realista, mas a personagem irritou-me imenso.

Feito o balanço gostei, até reflexões políticas que se vão fazendo ao longo do livro.

“Os árabes dos Territórios seriam, porventura, as nossas bestas de carga? Que é que julgavam? Que eles estivessem dispostos a servir-nos eternamente de lenhadores e a bombear-nos a água como escravos submissos? Não são eles seres humanos? Se uma Gâmbia ou uma Zâmbia são agora estados independentes, como poderiam os árabes dos Territórios continuar eternamente a limpar-nos calmamente as retretes, a varrer as ruas, a lavar a louça nos restaurantes, a limpar o cocó dos nossos velhinhos caquéticos e ainda por cima agradecer-nos?”

“Aonde quer que vamos, deixamos atrás de nós despojos de palavras que conduzem aos corpos das crianças árabes assassinadas, dia após dia, nos Territórios. E directamente, também, ao facto execrável de um tipo como eu apagar da lista dos mortos as crianças da família de colonos que anteontem foram queimadas vivas por um cocktail molotov, na estrada de Alfei Menashé. Por que motivo as apaguei? Acaso a sua morte não é suficientemente pura? Não é digna de entrar no panteão dos mártires de que nós somos os pretensos guardiões? Só porque os colonos me aterrorizam e irritam enquanto os pequenos árabes me pesam na consciência?”

Journal Entry 5 by irus at Bragança, Bragança Portugal on Friday, October 28, 2016
Fico mesmo contente de saber (espero ter razão) que a vencedora da lotaria de outono não leu este livro.
Parabéns vencedora.

Journal Entry 6 by cometa54 at Setúbal, Setúbal Portugal on Tuesday, November 8, 2016
Tem razão,sim, menina Irus, ainda não o li.

E é um escritor que me está cá atravessado porque me apetecia conhecê-lo, e o que li dele não me agradou. Mas fiquei sempre com dúvidas, a meu respeito, não dele rssss

Logo precisava de ler, talvez, » A Terceira Condição» :))))

Muito obrigadaaaaaaa

Beijinhos

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