Um Lugar Perigoso
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Mais uma aventura do Delegado Espinosa. Um professor, precocemente aposentado por causa de um distúrbio neurológico cujo sintoma principal é a perda da memória recente e da memória retrógada. Um dia ele se depara com uma lista de nomes de mulheres, com destaque para um deles, sem tem a menor idéia de quem seriam aquelas mulheres nem o porque de uma delas estar destacada. Ao mesmo tempo começa a ter visões de um corpo de mulher desmembrado. Para tentar descobrir quem seriam aquelas mulheres pede ajuda a uma antiga colega de magistério e ao Delegado Espinosa.
Uma surpresa para Cokas, outra aventura do Delegado Espinosa.
Que presente maravilhoso! Luiz Alfredo Garcia-Roza é um dos meus escritores de policiais preferidos! :) Que bela surpresa, na caixa de correio! Obrigada, Avenalve!
Como se não bastasse, estou a tirar um curso (despretensioso!) sobre literatura policial e, neste momento é um género que muito me interessa. Estou mesmo feliz :)
O livro, enquanto objeto, é lindo, em tons de preto e branco, com apontamentos a vermelho (por exemplo, o título e todo o perímetro das folhas nesta cor!). Lindo!!!
Vai já para o topo da pilha de livros para ler num futuro muito próximo ;)
Um Lugar Perigoso é um livro... diferente. Estava habituada a ter o delegado Espinosa como protagonista e, desta vez, a lente pela qual olhamos para a história é outra. Ou melhor, existem duas lentes - a da personagem Anita, que acompanha os movimentos do professor Vicente à distância de uns binóculos potentes e a do professor universitário Garcia-Roza, que antes de iniciar a incursão na ficção, era um académico da área da psicologia.
Através de Anita, que tantas vezes me fez lembrar James Stewart na Janela Indiscreta de Alfred Hitchcock, penetramos no interior do apartamento do protagonista desta estória, um ex-professor universitário de hábitos simples enraizados e que padece de uma doença rara que lhe afeta a memória. O mais interessante é a mestria com que Garcia-Roza torna uma personagem aparentemente desinteressante num foco de obsessão de uma jovem atraente e nos mantém, também a nós, ao longo de tantas páginas, suspensos no quotidiano insípido deste professor.
Muitas pontas não são atadas no fim. Mas isso também é um traço interessante em alguns policiais. Tal como na vida real, na qual há questões de uma investigação que nunca chegam a obter resposta, também aqui acabamos por aceitar que, na matemática da ficção, o resultado nem sempre é um número primo.
Relativamente à capa do livro, somos remetidos para um lugar físico perigoso, talvez pela degradação do local, certamente pela posição inconfortável da mulher, que apela a um estado de perda de consciência ou morte violenta. E é nesse registo que se entra no livro, à espera de uma vítima a sério.
Contudo, à medida que avançamos na leitura, percebemos que esse lugar perigoso não é físico mas psíquico. Porque a memória pode estar cheia de cantos e recantos onde se escondem eventos e onde se encaixam fantasias.
Leitura muito agradável. Mas não deu para matar saudades do Espinosa! ;)
Através de Anita, que tantas vezes me fez lembrar James Stewart na Janela Indiscreta de Alfred Hitchcock, penetramos no interior do apartamento do protagonista desta estória, um ex-professor universitário de hábitos simples enraizados e que padece de uma doença rara que lhe afeta a memória. O mais interessante é a mestria com que Garcia-Roza torna uma personagem aparentemente desinteressante num foco de obsessão de uma jovem atraente e nos mantém, também a nós, ao longo de tantas páginas, suspensos no quotidiano insípido deste professor.
Muitas pontas não são atadas no fim. Mas isso também é um traço interessante em alguns policiais. Tal como na vida real, na qual há questões de uma investigação que nunca chegam a obter resposta, também aqui acabamos por aceitar que, na matemática da ficção, o resultado nem sempre é um número primo.
Relativamente à capa do livro, somos remetidos para um lugar físico perigoso, talvez pela degradação do local, certamente pela posição inconfortável da mulher, que apela a um estado de perda de consciência ou morte violenta. E é nesse registo que se entra no livro, à espera de uma vítima a sério.
Contudo, à medida que avançamos na leitura, percebemos que esse lugar perigoso não é físico mas psíquico. Porque a memória pode estar cheia de cantos e recantos onde se escondem eventos e onde se encaixam fantasias.
Leitura muito agradável. Mas não deu para matar saudades do Espinosa! ;)
Este livro foi uma oferta amorosa de Avenalve, que conhece a minha paixão pelo Delegado Espinosa.
Mas, como todos os livros oferecidos que leio, custa-me vê-los depois imóveis nas estantes da casa.
Assim, vai seguir como oferta surpresa para ArwenG, pelo altruísmo demonstrado no envio do livro Princesa de Gelo, de Camila Lackberg.
Espero que goste :)
Muito obrigada! Estou curiosa...
Gostei muito!! Um tipo de escrita que nos deixa enredados no mistério... Muito bom! obrigada, Cokas!