Está a ser engraçado e lê-se muito bem :)
Por incrível que pareça, já é Fevereiro (o que lemos?)
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E, como sempre, queremos saber o que cada um está a ler.
Eu continuo com "Octaedro", do Cortázar. Vai mais devagar do que esperava. Entretanto, li uma BD de Will Eisner "Fagin, o Judeu", que agora disponibilizei na box da Baiia. Interessante. Gostava de ter outras opiniões sobre esse livro.
E vocês? Ponham aqui o vosso livrinho de cabeceira (ou de viagem, ou do que for).
E bom Fevereiro para todos(as).
Abraços
Eu continuo com "Octaedro", do Cortázar. Vai mais devagar do que esperava. Entretanto, li uma BD de Will Eisner "Fagin, o Judeu", que agora disponibilizei na box da Baiia. Interessante. Gostava de ter outras opiniões sobre esse livro.
E vocês? Ponham aqui o vosso livrinho de cabeceira (ou de viagem, ou do que for).
E bom Fevereiro para todos(as).
Abraços
... de que fui gostando mais, à medida que se desenrolava.
Agora estou a terminar Kikia Matcho, do guineense Filinto Barros, que mostra o desencanto pós Independência, tanto dos velhos, que combateram ao lado de Amílcar Cabral como dos novos, que em Portugal procuraram um El Dorado que não existe. Sem ser fantástico mostra também a convivência dos ritos tribais com as práticas cristãs deixadas pelos portugueses e a mistura de povos distintos de que a Guiné Bissau é composta.
Entretanto ando a render O Manual para mulheres de limpeza, a ver se não acaba...
Agora estou a terminar Kikia Matcho, do guineense Filinto Barros, que mostra o desencanto pós Independência, tanto dos velhos, que combateram ao lado de Amílcar Cabral como dos novos, que em Portugal procuraram um El Dorado que não existe. Sem ser fantástico mostra também a convivência dos ritos tribais com as práticas cristãs deixadas pelos portugueses e a mistura de povos distintos de que a Guiné Bissau é composta.
Entretanto ando a render O Manual para mulheres de limpeza, a ver se não acaba...
Totalmente rendida a esta sátira bem-humorada da Trinidad indiana dos anos 40, com maravilhosas e subtis alterações na linguagem utilizada pelos personagens, à medida que vão mudando de estatuto.
Pelo contrário, quase a abandonar um algo chato David Liss - tenho de lhe pegar durante o dia e não apenas antes de ir dormir, a ver se muda alguma coisa.
Pelo contrário, quase a abandonar um algo chato David Liss - tenho de lhe pegar durante o dia e não apenas antes de ir dormir, a ver se muda alguma coisa.
Pelo contrário, quase a abandonar um algo chato David Liss - tenho de lhe pegar durante o dia e não apenas antes de ir dormir, a ver se muda alguma coisa.
Acabei afinal, à conta de uma insoniazita, por o acabar ontem à noite, porque era o livro que estava na mesa de cabeceira. Apenas confirmei, no entanto, que não é o género de romance histórico que me agarra. Demasiado novelesco para meu gosto. Vantagem: autor arrumado :)
Philipp Dick é um escritor que acompanhei há muitos anos desde O Homem do Castelo Alto (que recria um mundo em que a Alemanha e o Japão venceriam a Segunda Guerra Mundial).
E gostei de ler estes Andróides, cuja historia decorre em mais um de seus mundos alternativos. Aqui debate.se : o que é ser-se "Humano" ? O andróide inteligente tem consciência do EU, e da sua mortalidade. Será que os direitos humanos se lhes aplicam? Este é o verdadeiro debate desta história bem interessante por sinal. Ate pq o enredo e em si mesmo atraente sobretudo nas personagens andróides. Este autor ainda nao me desiludiu (ate agora).
E já posso ver o filme "Blade Runner" inspirado no livro
E gostei de ler estes Andróides, cuja historia decorre em mais um de seus mundos alternativos. Aqui debate.se : o que é ser-se "Humano" ? O andróide inteligente tem consciência do EU, e da sua mortalidade. Será que os direitos humanos se lhes aplicam? Este é o verdadeiro debate desta história bem interessante por sinal. Ate pq o enredo e em si mesmo atraente sobretudo nas personagens andróides. Este autor ainda nao me desiludiu (ate agora).
E já posso ver o filme "Blade Runner" inspirado no livro
Gosto imenso desse livro e, na minha pessoalíssima opinião, nenhum dos filmes lhe faz jus.
É um livro muito filosófico sobre a própria conceptualização da humanidade e, penso eu, os filmes não falam tanto disso.
Nunca filme algum faz jus ao livro, se o livro for bom, evidentemente. Eu não li ainda o livro, mas Blade Runner, um dos filmes da minha vida, vale como objecto de arte em si. Tanto quanto sei, o PKD não gostou da adaptação.
Nunca filme algum faz jus ao livro, se o livro for bom, evidentemente. Eu não li ainda o livro, mas Blade Runner, um dos filmes da minha vida, vale como objecto de arte em si. Tanto quanto sei, o PKD não gostou da adaptação.
Sem dúvida que é assim como dizes. Agora tenho mais vontade de ver o filme
E o livro está disponível.
- Lucia Berlin, com o seu Manual para Mulheres de Limpeza - no entanto só li um conto e, dado que é grande e não o acabaria tão cedo, tive de dar a vez a um bookray com uma extensa lista de leitores:
- M. Atwood, com um já antigo Wilderness Tips (mas que nunca tinha passado por mim; apanhei-o agora no fórum internacional).
- M. Atwood, com um já antigo Wilderness Tips (mas que nunca tinha passado por mim; apanhei-o agora no fórum internacional).
A Senda Estreita para o Norte Profundo
de Richard Flanagan
e, até agora, muito bom! e eu sei que sou horrível mas vão lá espreitar:
https://www.wook.pt/---/16249920
de Richard Flanagan
e, até agora, muito bom! e eu sei que sou horrível mas vão lá espreitar:
https://www.wook.pt/---/16249920
e, até agora, muito bom! e eu sei que sou horrível mas vão lá espreitar:
Naaa... Agora já não me apanhas nessa. Eu juro que acredito em ti. E estou oficialmente enterrada, submersa... :(
Pois, também já estou "vacinada", marialeitora. Sempre que caio na tentação e vou espreitar os "teus" links, é a minha desgraça...
Decidi re-ler este classico de Saint-Exupery quase de trás para a frente saltando entre as histórias que mais me atraiam e um pouco ao acaso. Uma forma gira de re-ler um livro que se conhece bem. Soube bem fazê-lo assim. Embora goste mais de ler outras obras deste autor.
"A origem da Sanidade" de Norberto Keppe foi uma surpresa interessante ( veio ter comigo na Conchas LFL ). O autor baseia o livro numa premissa : a de que a sanidade mental é o estado base do homem consciente do bem, do belo e da razão. Se nos afastamos destes 3 princípios .. perdemos o norte :) A premissa não esta provada mas aprendi algumas coisas interessantes. Valeu a pena este acaso.
"A origem da Sanidade" de Norberto Keppe foi uma surpresa interessante ( veio ter comigo na Conchas LFL ). O autor baseia o livro numa premissa : a de que a sanidade mental é o estado base do homem consciente do bem, do belo e da razão. Se nos afastamos destes 3 princípios .. perdemos o norte :) A premissa não esta provada mas aprendi algumas coisas interessantes. Valeu a pena este acaso.
Agora a intercalar as dolorosas Vozes de Chernobyl com um mais divertido e irónico Militärmusik, de Wladimir Kaminer.
Curiosamente, ambos os livros são passados na mesma época (meados dos anos 80), na altura de ascensão de Mikhail Gorbachev, em que se dá uma maior liberalização de costumes na ainda União Soviética. Em Militärmusik, o protagonista, um jovem com uma visão crítica do comunismo, anda a curtir a cena punk e rock de Moscovo e Leningrado e a aproveitar os meses de verão em grandes acampamentos na Letónia, enquanto vai saltitando entre a escola de teatro e alguns trabalhos temporários.
Curiosamente, ambos os livros são passados na mesma época (meados dos anos 80), na altura de ascensão de Mikhail Gorbachev, em que se dá uma maior liberalização de costumes na ainda União Soviética. Em Militärmusik, o protagonista, um jovem com uma visão crítica do comunismo, anda a curtir a cena punk e rock de Moscovo e Leningrado e a aproveitar os meses de verão em grandes acampamentos na Letónia, enquanto vai saltitando entre a escola de teatro e alguns trabalhos temporários.
Depois de Margaret Atwood, que entrou directamente para a minha lista de autores de quem quero ler tudo, é uma leitura aparentemente mais leve, mas muito interessante, em termos sociológicos. Passa-se em São Francisco, na época pós-hippie e pré-SIDA. Tem capítulos muito pequenos, e acompanha as vidas de várias personagens, que mais tarde ou mais cedo irão convergir num só lugar, uma casa supostamente de hóspedes, mas não só. Como ando com a cabeça a abarrotar de coisas, ainda não consegui bem fixar os nomes de toda a gente, e faço confusão, mas tem sido uma boa companhia, agora que ando de comboio todos os dias. Só tem o inconveniente de conter 2 ou 3 livros num só volume, que é um calhamaço de alto lá com ele :-D
Depois de Margaret Atwood, que entrou directamente para a minha lista de autores de quem quero ler tudo
Tarefa árdua, essa! ;)
Comecei a fazê-lo já há anos e ainda não consegui (e nem sequer junto à lista os livros de poesia e de não ficção).
Seja como for, apesar de ter lido a maioria aqui através do BC, tenho alguns (a maioria em inglês) por isso se quiseres algum empréstimo, dispõe...
BTW, não tentes ler traduções antigas; as mais recentes da Bertrand são decentes q.b, mas as antigas como uma tradução que aí andava do The Penelopiad ou uma edição Livros do Brasil do The robber bride (A impostora) são de chorar!
Um livro interessante, com o qual tive uma relação de ligeira rejeição ao início, mas que sempre me atraía para o conto seguinte, tudo por culpa da escrita peculiar de Cortázar, quase sempre poética.
Entretanto, quase acabei "O legado ancestral" (não me lembro agora dos nomes das autoras), que nos (re)conecta com os nossos antepassados e todo seu legado (como o título indica, aliás). Uma muito interessante companhia.
Vou intercalar este último com "A Wrinkle in Time" (de Madeleine L'Engle), um Bray do k, do qual não sabia nada. Apercebi-me há dias de que o livro foi adaptado ao cinema e que estreará por todas essas salas brevemente.
Entretanto, quase acabei "O legado ancestral" (não me lembro agora dos nomes das autoras), que nos (re)conecta com os nossos antepassados e todo seu legado (como o título indica, aliás). Uma muito interessante companhia.
Vou intercalar este último com "A Wrinkle in Time" (de Madeleine L'Engle), um Bray do k, do qual não sabia nada. Apercebi-me há dias de que o livro foi adaptado ao cinema e que estreará por todas essas salas brevemente.
Continua a não ser o que mais me entusiasma nesta escritora, os contos, mas ainda assim gostei bastante de ler este, que fica em segundo lugar no ranking de livros de contos da autora, logo a seguir ao magnífico Stone Matress.
Agora vou voltar momentaneamente à Lucia Berlin, pelo menos até me começarem a cair na caixa do correio os rings e rays em que me inscrevi à douda... ;)
Agora vou voltar momentaneamente à Lucia Berlin, pelo menos até me começarem a cair na caixa do correio os rings e rays em que me inscrevi à douda... ;)
Em Fevereiro nao podia deixar de referir este livro de viagens, que escolhi porque sou um apaixonado pelas mulheres viajantes do deserto :
como Annemrie S., Freya Stark e Alexandra David-Neel, cujos livros devoro.
Não é uma obra que nos faça abrir a boca de espanto, antes uma descriç\ao simples, objectiva e contida da sociedade persa no inicio do sec XX E.C. A autora fala pouco de si e de suas relações humanas. É o seu estilo. Não é uma obra marcante mas entranha e sabe bem. Afinal esse mundo ja nao existe mas diz.nos algo sobre o mundo actual.
como Annemrie S., Freya Stark e Alexandra David-Neel, cujos livros devoro.
Não é uma obra que nos faça abrir a boca de espanto, antes uma descriç\ao simples, objectiva e contida da sociedade persa no inicio do sec XX E.C. A autora fala pouco de si e de suas relações humanas. É o seu estilo. Não é uma obra marcante mas entranha e sabe bem. Afinal esse mundo ja nao existe mas diz.nos algo sobre o mundo actual.