Uma criança quer acabar com os males do mundo, primeiro pela morte, depois pelo amor e novamente pela morte, por amor.
A vida no espaço rural com todas as suas crenças e rituais de fé (real ou socialmente exigida). A esperança e o desespero. A morte sempre presente. A religião católica a dominar o quotidiano, as relações entre as pessoas. O pecado ou, melhor, a ideia de pecado sempre presente, a culpa. A violência doméstica. O silêncio.
Numa história simples, um retrato muito interessante (e fiel) do domínio da religião católica sobre os portugueses (mais acentuada até à década de setenta do século XX, mas ainda muito presente nos espaços rurais do nosso país).
Está aqui, também, parte da tristeza que senti quando vim morar em Portugal, privado da minha liberdade africana.
Este homem tem a alma cheia de poesia. E isso não é coisa má, entenda-se.

Enviado ontem para o ElHurricane, no âmbito da BookBox "À Escolha do Freguês".
Boas leituras.

Já chegou há algum tempo, mas ainda não tinha tido hipóteses de cá passar para fazer a JE.
Obrigado Arvores pela participação e pelo envio.

Vai seguir para o manumagalhaes no âmbito da Grande Limpeza Vida Nova!