Nove mil passos

by Pedro Almeida Vieira | Literature & Fiction |
ISBN: 9722035312 Global Overview for this book
Registered by TonyAlmeida of Vagos, Aveiro Portugal on 2/23/2008
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Journal Entry 1 by TonyAlmeida from Vagos, Aveiro Portugal on Saturday, February 23, 2008
Francisco d’Ollanda – um dos primeiros humanistas portugueses – toma, no século XVI, a incumbência de encontrar uma solução para a sede crónica na capital do Reino. Mas várias adversidades abortam esta tentativa. A sua morte acaba, contudo, por não ser um obstáculo a que «acompanhe» e nos relate as peripécias da construção do Aqueduto das Águas Livres, iniciada apenas no reinado de D. João V, na primeira metade do século XVIII.

Sob a forma de espírito omnipresente e omnisciente, ele narra paralelamente – num tom intimista e humorístico – as intrigas da Corte, a libertinagem e o fausto da vida do rei, o despontar da Maçonaria e o quotidiano surrealista de uma sociedade que vacila entre as crendices e o terror à Igreja. Mas ter-se-á Francisco d Ollanda limitado ao papel de testemunha durante as duas décadas que levaram a ligar, numa extensão de Nove Passos, a Fonte das Águas Livres a Lisboa?

Journal Entry 2 by TonyAlmeida from Vagos, Aveiro Portugal on Tuesday, February 24, 2009
Este é mais um daqueles livros em que a minha opinião poderá ser suspeita, dado o meu gosto pelo romance histórico.

“Nove Mil Passos” conta, na voz de Francisco d’Ollanda, as “peripécias” em torno da construção do Aqueduto das Águas Livres que serviria as sequiosas populações de Lisboa. A acção centra-se precisamente durante o reinado de D. João V, o monarca que viria avançar de facto com o a construção deste famoso ex-libris de Lisboa, e é narrada por um dos vultos do Renascimento português, que em 1571 já tinha proposto ao rei D. Sebastião uma rede de abastecimento de água para a capital que na altura não se viria a concretizar.

O autor revela nesta obra um excelente trabalho de pesquisa e documentação para retratar os episódios que tiveram lugar durante a construção do aqueduto, ao mesmo tempo que nos brinda com uma visão bastante romanceada dos factos históricos que tiveram então lugar. Se por um lado esta abordagem é interessante, por outro o romance “descarrila” e segue rumos que se afastam da acção principal, sendo o leitor levado por quadros históricos que nada têm a ver com a história central do livro. Se por vezes é interessante, por outras o efeito não é talvez o mais interessante.

No global é um bom romance histórico mas, como disse inicialmente, neste aspecto eu sou bastante suspeito.

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