Aquilo que eu amava
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Gostei muito. Não sei se gostei tanto. Talvez. Fiquei baralhada. Houve alturas em que me lembrou o Roth. Não gosto do título (What i loved) mas faz sentido. É daqueles que sei que não é para emprestar a algumas pessoas que conheço bem, porque é muito 'pesado' e perguntavam 'se tinha enlouquecido de vez'.
« As recordações de um velho são diferentes das de um jovem. Aquilo que considerávamos vital aos quarenta anos pode perder todo o seu significado aos setenta. No fim de contas, nós fabricamos histórias - a partir dos fugazes materiais sensoriais que nos bombardeiam a cada instante, uma série fragmentada de imagens, conversas, odores, o toque das coisas e das pessoas. Apagamos a maior parte desses materiais para podermos viver com um simulacro de ordem e a memória acaba por assemelhar-se a um monte de cartas que só deixamos de embaralhar quando morremos.» (P. 139/140)
RING - 25 de Outubro de 2010
1 - Árvores;
2 - Marialeitora;
3 - Joeeandrade;
4 - Sushybaby;
5 - LauMaia;
6 - conto;
7 - DharamInderkaur;
8 - Tauina;
9 - Branca de Neve
« As recordações de um velho são diferentes das de um jovem. Aquilo que considerávamos vital aos quarenta anos pode perder todo o seu significado aos setenta. No fim de contas, nós fabricamos histórias - a partir dos fugazes materiais sensoriais que nos bombardeiam a cada instante, uma série fragmentada de imagens, conversas, odores, o toque das coisas e das pessoas. Apagamos a maior parte desses materiais para podermos viver com um simulacro de ordem e a memória acaba por assemelhar-se a um monte de cartas que só deixamos de embaralhar quando morremos.» (P. 139/140)
RING - 25 de Outubro de 2010
1 - Árvores;
2 - Marialeitora;
3 - Joeeandrade;
4 - Sushybaby;
5 - LauMaia;
6 - conto;
7 - DharamInderkaur;
8 - Tauina;
9 - Branca de Neve
Está agora com M Costa.
Não é bc.
Mas os livros circulam, com ou sem bcid
;)
Não é bc.
Mas os livros circulam, com ou sem bcid
;)
Esta cáaaaaaaaa, iupiiii.
Magoo-cometa já não vê nada.
Coitada da M. Mas consegui falar com ela, outro iupiii. Não ficou em Florença.
E não cheguei a emprestar-lhe o livro porque da maneira como lhe falei dele, ainda a lê-lo, o marido ofereceu-lho :)
E já com algum distanciamento desapareceram aquelas frases sem nexo. Foi dos livros mais marcantes das últimas eras (é). Não é leitura leve. Mas é literatura. E é um espanto. É possível que no fim a reacção seja a que tive quando fiz a je. Digam depois.
Magoo-cometa já não vê nada.
Coitada da M. Mas consegui falar com ela, outro iupiii. Não ficou em Florença.
E não cheguei a emprestar-lhe o livro porque da maneira como lhe falei dele, ainda a lê-lo, o marido ofereceu-lho :)
E já com algum distanciamento desapareceram aquelas frases sem nexo. Foi dos livros mais marcantes das últimas eras (é). Não é leitura leve. Mas é literatura. E é um espanto. É possível que no fim a reacção seja a que tive quando fiz a je. Digam depois.
Journal Entry 4 by Arvores at Viana do Castelo, Viana do Castelo Portugal on Wednesday, November 10, 2010
Chegou hoje. Estou com água na boca!
Muito obrigado, cometa.
Muito obrigado, cometa.
Journal Entry 5 by Arvores at Viana do Castelo, Viana do Castelo Portugal on Monday, December 6, 2010
É, de facto, um livro avassalador. Creio que cheguei a ficar fisicamente doente com este livro e imagino que me atormentará durante algum tempo.
A viagem ao submundo de Nova Iorque, os meandros obscuros da Arte, a perda, a "dor maior", os afectos (ou a falta deles), a sanidade versus loucura (não serão, muitas vezes, a mesma coisa?), Dan (o esquizofrénico), o maravilhoso Lazlo, tudo isso me fervilha ainda no sangue. As máscaras que usamos e as que ocultamos, a forma como grande parte de nós se esconde na TV, nas compras, na comida, na imagem, pela grande dificuldade em gerir pensamentos e afectos ou, em última análise, a vida.
É um grande livro.
Amei Violet.
Apesar de tudo, houve ocasiões em que pensei que o olhar do narrador sobre alguns dos personagens, alguns detalhes na forma como os descreve ou constrói, não é inteiramente masculino. Mas, agora que escrevo isto, penso: "E o que é isso de inteiramente masculino?". Pois, essas são questões que ficam a deambular no pensamento como assombrações durante e depois deste livro.
Muito obrigado, cometa.
A viagem ao submundo de Nova Iorque, os meandros obscuros da Arte, a perda, a "dor maior", os afectos (ou a falta deles), a sanidade versus loucura (não serão, muitas vezes, a mesma coisa?), Dan (o esquizofrénico), o maravilhoso Lazlo, tudo isso me fervilha ainda no sangue. As máscaras que usamos e as que ocultamos, a forma como grande parte de nós se esconde na TV, nas compras, na comida, na imagem, pela grande dificuldade em gerir pensamentos e afectos ou, em última análise, a vida.
É um grande livro.
Amei Violet.
Apesar de tudo, houve ocasiões em que pensei que o olhar do narrador sobre alguns dos personagens, alguns detalhes na forma como os descreve ou constrói, não é inteiramente masculino. Mas, agora que escrevo isto, penso: "E o que é isso de inteiramente masculino?". Pois, essas são questões que ficam a deambular no pensamento como assombrações durante e depois deste livro.
Muito obrigado, cometa.
Journal Entry 6 by Arvores at Viana do Castelo, Viana do Castelo Portugal on Sunday, December 12, 2010
Seguiu para a marialeitora na sexta-feira, dia 10.
Boas leituras :)
Boas leituras :)
estive a ler o que vcs escreveram e fiquei com medo...;)
e cheia de curiosidade...
acho que vou ali pró meu cantinho com ele...;)
e cheia de curiosidade...
acho que vou ali pró meu cantinho com ele...;)
o Árvores já o disse (porque é que não me admiro?). O único senão é que o narrador não me parece masculino. Dava por mim a pensar:-um homem nunca diria isto...;)
de resto é como vocês dizem...põe-nos doentes. Começa como uma tranquila história de uma tranquila amizade e depois é um turbilhão de sentimentos contraditórios que nos avassalam.
Gostei muito mesmo (já o encomendei mas está esgotado até no editor...) Segue para o joe logo que tenha a morada...
de resto é como vocês dizem...põe-nos doentes. Começa como uma tranquila história de uma tranquila amizade e depois é um turbilhão de sentimentos contraditórios que nos avassalam.
Gostei muito mesmo (já o encomendei mas está esgotado até no editor...) Segue para o joe logo que tenha a morada...
Já está comigo.
Agradeço a partilha e o envio.
A ler em breve.
:-)
Agradeço a partilha e o envio.
A ler em breve.
:-)
Ó Joeeeeee!
Mas ca vergonha! Agora é que vi que tens o livro desde Janeiroooooo, hombre!
Atão e as pessoas que esperam?
Vê lá se te apressas, está bem?
:)
Mas ca vergonha! Agora é que vi que tens o livro desde Janeiroooooo, hombre!
Atão e as pessoas que esperam?
Vê lá se te apressas, está bem?
:)
Olá, estou desde o dia 18 de Julho á espera da morada da Sushybaby (já pedi 2 vezes), faço seguir para a LauMaia?
:-)
:-)
:))))
Sim, sim se não te importas e a Lau Maia estiver disponível. Ou a Conto que sei que quer mesmo.
E gostaste e também ficaste doente?
Bom fim da semana.
Obrigada
Sim, sim se não te importas e a Lau Maia estiver disponível. Ou a Conto que sei que quer mesmo.
E gostaste e também ficaste doente?
Bom fim da semana.
Obrigada
Segue caminho para a conto.
Agradeço a partilha.
:-)
Agradeço a partilha.
:-)
Já está comigo. Obrigada Joee. E obrigada cometa, pois claro. Depois de ter lido a Elegia para um Americano, mal posso esperar... :)
Bolas, é difícil falar melhor que o Árvenzinhas!! :-/
Também acho que não é um livro para qualquer pessoa (acho que deve ser um livro especialmente difícil para quem tenha filhos!).
O que me marcou?
- A Intensidade - a descrição da dor da perda é das coisas mais bem conseguidas que tenho lido!);
- A disparidade de temas tratados - é um texto que é tanto sobre arte como sobre a vida, construído em diversos níveis como as camadas de tinta numa tela ou os diferentes sentidos nas obras de Bill);
- A precisão quase clínica da narrativa - por ex.: “Era uma manhã de sábado de Outubro (já perto do meio-dia) e a biblioteca estava quase vazia”;
- A forma como torna tão realistas e interessantes quer o mais banal da vida do dia-a-dia quer as personagens criadas – O Leo por ex. pareceu-me mais uma pessoa real que uma personagem de um livro de ficção;
- A descrição detalhada das obras de arte, de tal forma que quase nos permite visualizá-las - “Era um quadro grande – cerca de um metro e oitenta por dois metros e quarenta – que mostrava uma jovem deitada no chão de uma sala vazia. A jovem apoiava-se sobre um cotovelo e parecia estar a fitar qualquer coisa situada para lá de um dos limites do quadro. Uma luz intensa, vinda desse lado, escoava-se pela sala e iluminava o rosto e o peito da jovem. A mão direita estava pousada sobre o monte de Vénus e, quando me aproximei, reparei que ela tinha um pequeno táxi nessa mão – uma versão miniatural do ubíquo táxi amarelo que percorre as ruas de Nova Iorque.
Demorei cerca de um minuto a aperceber-me de que, na realidade, havia três pessoas no quadro. Reparei que, à minha direita, no lado sombrio da tela, uma mulher abandonava o quadro. Nos limites da moldura, só era possível ver o pé e o tornozelo, mas o mocassin que ela calçava fora reproduzido com uma minúcia impressionante e, a partir do momento em que o vi, voltei a ele vezes sem conta. A mulher invisível tornou-se tão importante como a jovem que dominava a tela. A terceira pessoa era apenas uma sombra. Por um momento, tomei a sombra no quadro pela minha própria sombra, até que percebi que o artista a incluíra na obra. Aquela bela mulher deitada no chão, vestindo apenas uma T-shirt de homem, estava a ser observada por alguém fora do quadro, um espectador que parecia estar no sítio exacto onde eu me encontrava quando reparei na sombra que caía sobre a barriga e as coxas do modelo.”
Enfim, este livro é ele próprio uma obra de arte!
Muito, muito obrigada, Dona Cometa!
Também acho que não é um livro para qualquer pessoa (acho que deve ser um livro especialmente difícil para quem tenha filhos!).
O que me marcou?
- A Intensidade - a descrição da dor da perda é das coisas mais bem conseguidas que tenho lido!);
- A disparidade de temas tratados - é um texto que é tanto sobre arte como sobre a vida, construído em diversos níveis como as camadas de tinta numa tela ou os diferentes sentidos nas obras de Bill);
- A precisão quase clínica da narrativa - por ex.: “Era uma manhã de sábado de Outubro (já perto do meio-dia) e a biblioteca estava quase vazia”;
- A forma como torna tão realistas e interessantes quer o mais banal da vida do dia-a-dia quer as personagens criadas – O Leo por ex. pareceu-me mais uma pessoa real que uma personagem de um livro de ficção;
- A descrição detalhada das obras de arte, de tal forma que quase nos permite visualizá-las - “Era um quadro grande – cerca de um metro e oitenta por dois metros e quarenta – que mostrava uma jovem deitada no chão de uma sala vazia. A jovem apoiava-se sobre um cotovelo e parecia estar a fitar qualquer coisa situada para lá de um dos limites do quadro. Uma luz intensa, vinda desse lado, escoava-se pela sala e iluminava o rosto e o peito da jovem. A mão direita estava pousada sobre o monte de Vénus e, quando me aproximei, reparei que ela tinha um pequeno táxi nessa mão – uma versão miniatural do ubíquo táxi amarelo que percorre as ruas de Nova Iorque.
Demorei cerca de um minuto a aperceber-me de que, na realidade, havia três pessoas no quadro. Reparei que, à minha direita, no lado sombrio da tela, uma mulher abandonava o quadro. Nos limites da moldura, só era possível ver o pé e o tornozelo, mas o mocassin que ela calçava fora reproduzido com uma minúcia impressionante e, a partir do momento em que o vi, voltei a ele vezes sem conta. A mulher invisível tornou-se tão importante como a jovem que dominava a tela. A terceira pessoa era apenas uma sombra. Por um momento, tomei a sombra no quadro pela minha própria sombra, até que percebi que o artista a incluíra na obra. Aquela bela mulher deitada no chão, vestindo apenas uma T-shirt de homem, estava a ser observada por alguém fora do quadro, um espectador que parecia estar no sítio exacto onde eu me encontrava quando reparei na sombra que caía sobre a barriga e as coxas do modelo.”
Enfim, este livro é ele próprio uma obra de arte!
Muito, muito obrigada, Dona Cometa!
Sem filhos, uma das coisas que mais me marcou, digo agora, foi exactamente a forma como é tratada aquela perda, Cito a conto: «- A Intensidade - a descrição da dor da perda é das coisas mais bem conseguidas que tenho lido!);». O que senti foi que nunca tinha lido nada assim, tão intenso que se torna físico;
A Arte misturada com a Vida, ou a Vida com a Arte, a ver mesmo aquelas casas/plantas/ miniaturas.
A frase que retirei para aqui registar....porquê? será que já entendi o que se passa aos 70 anos com as memórias que vamos seleccionando?
Já estáo quase fazer 6 anos que o li. Mas estas imagens o que vocês escreveram estão presentes, como se o tivesse lido ontem.
Penso que é o meu 'correspondente' , noutra escala, ao livro da Marcenda Leu o 'Germinal pelos 40, li este com 51 :)
O que receava, agora para a conto, é que como leste o outro dela. que também já li, este não fosse tão marcante. Era essa a minha conversa embrulhada rss.
Ainda bem que gostaram desta grande escritora :)
A Arte misturada com a Vida, ou a Vida com a Arte, a ver mesmo aquelas casas/plantas/ miniaturas.
A frase que retirei para aqui registar....porquê? será que já entendi o que se passa aos 70 anos com as memórias que vamos seleccionando?
Já estáo quase fazer 6 anos que o li. Mas estas imagens o que vocês escreveram estão presentes, como se o tivesse lido ontem.
Penso que é o meu 'correspondente' , noutra escala, ao livro da Marcenda Leu o 'Germinal pelos 40, li este com 51 :)
O que receava, agora para a conto, é que como leste o outro dela. que também já li, este não fosse tão marcante. Era essa a minha conversa embrulhada rss.
Ainda bem que gostaram desta grande escritora :)
A Sushybaby e a LauMaia não responderam às PMs, a DharamInderkaur pediu que se passasse à frente pois ela não o pode receber pelo que vai seguir em breve para a w_a_s_p, ex Branca-de-Neve.
16/11 - a Sushy respondeu hoje, mas era a pedir para ser passada à frente, por isso está tudo certinho.
Desculpa w_a_s_p o atraso no envio... estive com dificuldades em acertar horários com os correios.
16/11 - a Sushy respondeu hoje, mas era a pedir para ser passada à frente, por isso está tudo certinho.
Desculpa w_a_s_p o atraso no envio... estive com dificuldades em acertar horários com os correios.
Já chegou! Obrigada pelo envio.
Edit: Vou execder um bocadinho o prazo. Não vou conseguir ler antes do Natal, mas envio-o À próxima pessoa ainda este ano.
Edit: Vou execder um bocadinho o prazo. Não vou conseguir ler antes do Natal, mas envio-o À próxima pessoa ainda este ano.
Já li. Não posso dizer grande coisa do livro que já não tenham dito. Gostei bastante, sobretudo da segunda metade. Engloba temos tão dispersos como a arte, a amizade, os afectos, as subculturas, os distúrbios alimentares e de carácter... As referências a todos estes temas estão bem enquadradas, apesar de o livro ser denso não o achei de maneira nenhuma maçudo. A sua leitura foi bastante enriquecedora.
(CONTÉM SPOILERS)
Gostei muito da estória em si, apesar de todos os acontecimentos maus e do final (que não foi bom nem mau, foi o possível). A morte de Matthew é o primeiro grande “murro no estômago” e a partir daí o ritmo da estória nunca mais abranda. Só queria partilhar uma coisa. Quando Violet e Mark foram à psiquiatra e ela lhes disse que o problema de Mark era qualquer como um distúrbio de carácter que requeria muita luta da parte dos pais e ela disse que nunca desistiria e, no fim, acabou por desistir e expulsá-lo um pouco da sua vida. Bem sei que tudo tem um limite mas meteu-me alguma confusão.
Quero agradecer à cometa por ter feito este ring, de outra maneira o livro tinha-me passado completamente ao lado...
Enviei pm à DharamInderkaur, estou à espera de uma resposta. Depois dou novidades.
Edit: Livro enviado de volta a casa. Obrigada!
(CONTÉM SPOILERS)
Gostei muito da estória em si, apesar de todos os acontecimentos maus e do final (que não foi bom nem mau, foi o possível). A morte de Matthew é o primeiro grande “murro no estômago” e a partir daí o ritmo da estória nunca mais abranda. Só queria partilhar uma coisa. Quando Violet e Mark foram à psiquiatra e ela lhes disse que o problema de Mark era qualquer como um distúrbio de carácter que requeria muita luta da parte dos pais e ela disse que nunca desistiria e, no fim, acabou por desistir e expulsá-lo um pouco da sua vida. Bem sei que tudo tem um limite mas meteu-me alguma confusão.
Quero agradecer à cometa por ter feito este ring, de outra maneira o livro tinha-me passado completamente ao lado...
Enviei pm à DharamInderkaur, estou à espera de uma resposta. Depois dou novidades.
Edit: Livro enviado de volta a casa. Obrigada!
De volta a casa.
Obrigada w-a-s-p :)
E a todos os que partilharam esta leitura.
O lindo marcador foi esquecimento ou de propósito ;) ??? hummm
Obrigada w-a-s-p :)
E a todos os que partilharam esta leitura.
O lindo marcador foi esquecimento ou de propósito ;) ??? hummm