Um breve mas fascinante livro, ainda que não me identifique com a maioria das coisas que li sobre ele. Parece que a própria autora terá dito tratar-se de uma alegoria à Coreia do Sul de hoje, mas se há quem veja a atitude da personagem sul-coreana, de repentinamente se tornar vegetariana, como um acto político (?) ou uma revolta erótica e doméstica contra o marido (?) eu só consigo encontrar nela uma perspectiva muito mais onírica e impossível de etiquetar.
Suspeito que será um livro de muitas camadas e inúmeras interpretações. Por isso decidi pô-lo a circular, a ver se outros BCrs me ajudam a clarificar ideias e a perceber como este foi o romance vencedor do Man Booker International Prize, passando à frente de nomes como Agualusa e Elena Ferrante.

Vai de viagem para:
- irus
- ladylouve
- Baiia
- ...
- de volta a casa

"Cebolas têm camadas, ogres têm camadas, perxebes burro???"

Não sei porque é que me lembrei desta frase do Shrek, mas como estou em modo tonta feliz, acho que me perdoas :)
Vou então tentar descascar o livro e ver que camadas lhe encontro.
Até já

Bem, posso dizer que foi um livro que primeiro estranhei, depois entranhei depois voltei a estranhar. Ou seja, a parte que me deu mais gozo ler foi o segundo capítulo, talvez porque também eu fiquei fascinada pela "obra" imaginada pelo artista e pelas pinturas que ele fazia no corpo das personagens. Acho que foi nesse capítulo que também compreendi melhor os motivos dos personagens: o desgaste do dia-a-dia, a luta contra as convenções, o sonho de algo mais grandioso, que nos faça sair de nós próprios.
Não li nada sobre as intenções da escritora, e não sei se o livro tem alguma mensagem política mas, do pouco que conheço da sociedade sul-coreana, parece fazer algum sentido: sempre me pareceu que o formalismo (até na forma como se tratam uns aos outros), a castração, a falta de individualidade acaba sempre por se manifestar de forma violenta.

Certamente que não lhe encontrei todas as camadas e tendo gostado de o ler também não acho que seja merecedor do booker. Mas que sei eu...

Quem sabe a ladylouve (para quem o livro seguirá depois de me confirmar a morada) encontre outros pontos de vista.

A caminho da lady, love.

Afinal não se perdeu, demorou-se foi no caminho! :) Chegou só ontem...

Inicio esta leitura assim que terminar o que tenho em mãos. Já ouvi falar muito dele, portanto vamos lá =D

Bem, entretanto chegou ao destino e já o li. Devo dizer que fiquei muito desapontada, depois de tudo o que tinha ouvido falar sobre este livro.

A verdade é que achei que os personagens simplesmente não tinham caracterização suficiente para que os elementos fantásticos (o vegetarianismo, a sensualidade das plantas) fossem realistas e me dessem vontade de acreditar neles. Na verdade, pareceu-me uma história muito incompleta, que idealmente precisaria de ser muito mais explorada para que fosse realmente impressionante.

Digo mais: http://naomeapeteceestudar.blogspot.pt/2018/01/a-vegetariana.html

Mas bem, obrigada pela partilha, pois já queria ler este livro há algum tempo! =D

E agora, regressa a casa? ;)

Enviado agora para a Baiia :)

Já chegou. Obrigada conto pela partilha e ladylouve pelo envio.

Este livro não me cativou como estava à espera. Achei as personagens muito incompletas e vazias. A ideia do livro para mim ficou algo perdida entre a critica à sociedade coreana e a transformação que a vegetariana estava a sofrer para se tornar planta. Não consigo decidir se o vegetarianismo e essa transformação decorriam da procura da libertadade ou do seu amor às plantas.
Obrigada conto pela partilha. Aguardo instruções para o fazer seguir.

Vai a caminho de casa. Obrigada conto!

E voltou a casa...

e viajou a Vila Real, terra de boa carne...não sei como se vai dar por cá...logo direi! :) Obrigada!

Lido e desiludido... não gostei nem um pouco. que coisa mais sem sentido...
acho que dá um bom guião cinematográfico, com algumas adaptações...

volta a casa?