Romance espírita

É um episódio romanceado, que se baseia em situações bastante comuns na história dos homens durante a sua passagem pela Terra. Ao abordar um assunto tão delicado, não pretendemos sugerir que haja uma padronização às conseqüências do terrível drama vivido pelos suicidas, nem insinuar que existam critérios únicos de ordem expiatória como pena para a equivocada ação daqueles que, ilusoriamente, buscam no suicídio a rota de fuga para os seus padecimentos terrenos. O tipo de sofrimento imposto à personagem central deste episódio e o tempo a ele submetido, assim como o tratamento que recebeu após ter sido socorrida, não podem e não devem ser encarados como um procedimento padrão imposto a todos os suicidas. Cada caso é um caso, muito embora possa parecer, à primeira vista, que a falta cometida seja a mesma. Infelizmente, exemplos não faltam para ilustrar as tenebrosas conseqüências auferidas no suicídio. A nós, coube a tarefa de expor os desdobramentos de um desses lamentáveis enganos, após isto, nos resta vibrar para que a narrativa aqui exposta sirva de reflexão àqueles que ainda alimentam a ilusão de que a morte representa um sono profundo e reparador e que, depois dela, todos os problemas, como num passe de mágica, simplesmente deixam de existir. Sem o Véu das Ilusões é exatamente como nos sentimos ao despertarmos em nossa pátria de origem e nos vermos destituídos da matéria; esta mesma matéria que, muitas vezes, usamos para acobertar os nossos defeitos. Sem o Véu das Ilusões é como os personagens centrais deste romance se viram e foi a dura realidade deste momento que os impulsionou a buscarem melhores caminhos para as suas vidas. Que os seus erros nos sirvam de reflexão e os seus acertos de exemplos a serem seguidos por todos nós.