A ilha de Sukkwan

by David Vann | Literature & Fiction |
ISBN: Global Overview for this book
Registered by marialeitora of Vila Real, Vila Real Portugal on 7/24/2015
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Journal Entry 1 by marialeitora from Vila Real, Vila Real Portugal on Friday, July 24, 2015
Uma Ilha selvagem no Sul do Alasca, a que só se consegue chegar de barco ou de hidroavião, repleta de florestas virgens e montanhas escarpadas. Este é o cenário inóspito que Jim escolhe para fortalecer a relação com o seu filho Roy, que mal conhece. Doze meses pela frente, numa cabana isolada do resto do mundo. Mas as difíceis condições de sobrevivência e a tensão emocional a que se vêem sujeitos rapidamente transformam esta viagem num pesadelo, tornando a situação incontrolável.
Há livros que nos "agarram" e de que dificilmente saímos ilesos. Este é um deles. Estive com Roy e Jim, nesta ilha, nos últimos dois dias e creio que não vou sair de lá tão cedo. Um livro que não nos deixa indiferentes. Depois de o ler soube que o autor viveu uma situação parecida e, talvez por isso, a tenha conseguido descrever tão bem e tão dolorosamente.

ring:
joaquimponte
irus
conto
ladylove
árvores

Journal Entry 2 by joaquimponte at Lumiar - Quinta das Conchas, Lisboa (cidade) Portugal on Friday, July 31, 2015
Mais uma das muitas sugestões de leitura da marialeitora.
Pai e filho, uma ilha , a natureza .. parece-me bem a meu gosto. Obrigado.

Journal Entry 3 by joaquimponte at Lumiar - Quinta das Conchas, Lisboa (cidade) Portugal on Sunday, August 2, 2015
Tenho dificuldade em relatar este livro, em parte porque receio retirar a surpresa e o inesperado em que se baseia. Sinto-me dividido por gostar "e" por naõ gostar, tal como livro esta dividido em dois livros diferentes.
A primeira parte segue um enredo que nos faz sonhar e por momentos "invejei" esta ideia de partilhar uma aventura de um ano com o meu filho, partilhando as dificuldades, aprendendo a conhecermo-nos de um modo em que não é possivel esconder os nossos habitos, o nosso corpo e as nossas emoçoes. Pai e filho, sós numa ilha meio perdida, trabalhando para obter alimentos, calor, revelando.se em facetas que em casa não é possivel. Bonito.
Mas o autor quebra bruscamente este idilio. Senti-o como um soco no estomago. Por momentos reflecti em porque o faria?
A unica explicação aceitavel seria a de retratar uma experiencia real que ele conheceu de perto ( revelando o caracter perturbado de um homem). Mas isto seria demasiado banal e este livro é tudo, menos banal. Então, o que eu senti foi algo diferente. Senti que o autor nao esta a caracterizar uma pessoa perturbada (há milhares de descriçoes deste tipo, e qualquer situação má pode ser sempre pior). O autor aqui esta objectivamente a quebrar uma ideia idilica da natureza e da partilha. O que eu senti é que o autor esta a provocar-nos dizendo-nos " "Não venham com ideias de que a natureza e a vida pode ser belas. São sempre sem sentido, absurdas ". Não gostei deste "truque" literario...



Journal Entry 4 by irus at Bragança, Bragança Portugal on Tuesday, August 11, 2015
Chegou.
Vou pegar nele logo que terminar a leitura que tenho em mãos (embora me apeteça pegar já neste :)

Journal Entry 5 by irus at Bragança, Bragança Portugal on Monday, August 24, 2015
O livro surpreendeu-me porque, estando à espera de uma tragédia ou pelo menos uma experiência pouco agradável, não esperava que ela se revelasse tão cedo. A ideia idílica da partilha entre o pai e o filho, a viver na Natureza como colonos, é desmascarada logo nos primeiros dias, tanto na tensão sentida durante a noite como na falta de preparação do pai. Estamos avisados de que as coisas vão correr mal.
Mas quando correm mesmo mal somos surpreendidos, porque não é disso que estávamos à espera. A segunda parte é brutal, parece que os atos impensados de Jim não têm limites, vão sempre além do que esperávamos ser possível.
O truque aqui é trocar os papéis: Jim, o pai, a comportar-se como um adolescente: irresponsável, egoista, inconsequente, e Roy a cuidar dele, embora revoltado.
Gostei da escrita, fluída, sem pausas, simples. E no entanto, que complexidade revela.

Acho que este livro tem todos os ingredientes - natureza, aventura, personagens perturbadoras - para um filme.

Como as leitoras seguintes estão ocupadas, passei o livro ao marido, que já esteve por essas bandas e reconhecerá algumas das paisagens. Logo que termine darei seguimento.


Journal Entry 6 by irus at Bragança, Bragança Portugal on Sunday, September 13, 2015
Marido leu o livro num fôlego.
Agora aguardo a rentrée para um encontro com a Pequete para lho passar.

Journal Entry 7 by Pequete at Bragança, Bragança Portugal on Thursday, October 15, 2015
Oh, balha-me Deus! Tenho o livro comigo há quase um mês, estou quase a terminá-lo e só agora me dei conta que ainda não tinha feito JE (e foi porque a irus me perguntou...) Peço imensa desculpa, mas daqui a 1 ou 2 dias já estarei de volta com o comentário final!

Journal Entry 8 by Pequete at Bragança, Bragança Portugal on Saturday, October 17, 2015
Mmmm, não gostei. Até cerca de meio do livro, a história estava suficientemente interessante e manteve-me agarrada, mas *****Atenção, "spoiler" adiante***** o suicídio de Roy não me parece minimamente verosímil, por não haver quaisquer indícios anteriores que tornem esse desfecho lógico. Pareceu-me algo criado propositadamente para surpreender, e a partir daí o livro acabou por perder bastante interesse para mim...
Vou agora enviar PM à conto, próxima da lista.

Journal Entry 9 by Pequete at Bragança, Bragança Portugal on Tuesday, October 20, 2015
Seguiu ontem à tarde para a conto.

Journal Entry 10 by conto at Lisboa (city), Lisboa (distrito) Portugal on Wednesday, October 21, 2015

Já cá está, olh'á rapidez! :) Obrigada Pequeté.
Pego-lhe mal termine o que ando a ler e que não conto demorar muito mais.
E já a antecipar a desgraça, vamos a ver se me aguento à bronca ;)

Journal Entry 11 by conto at Lisboa (city), Lisboa (distrito) Portugal on Friday, October 30, 2015


Olha, já o acabei de ler há dois dias, já o passei ao kizmiaz, com a devida autorização da mentora do Ring e... não fiz a JE! Qu'a pouca vergonha!!


É que como andei a falar desta leitura no fórum, devo ter ficado com a sensação de já ter dito tudo. E de facto foi mais ou menos isso: a irus partilhou connosco a opinião de uma Sónia Maia, publicada num blogue, e eu achei que era tão, tão aquilo mesmo, que jamais conseguiria dizer melhor o que não estava a ser capaz de expressar.

É esta.

O que eu disse no fórum e que transmite tal qual o que fui sentindo enquanto o lia foi "já o estou quase a acabar, sem saber se goste se deteste, mas a apetecer-me bater em alguém!"

Journal Entry 12 by kizmiaz at Belém , Lisboa (cidade) Portugal on Wednesday, November 4, 2015
Agradeço à conto por me avisar que era capaz de gostar deste livro e à marialeitora por me deixar infiltrar no Ring.
Li quase de uma vez, não fazia ideia do que me esperava, embora desconfiasse que fosse algo de escuro e sinistro.
A história é forte e sem dúvida que arrasta o leitor e o envolve, torna-se difícil deixar o livro sem saber o que vai acontecer a seguir.
A premissa é muito boa e, mesmo não sendo original, desenvolve-se numa história avassaladora sobre a natureza humana e a sua fragilidade.
Confesso que gostei mais da primeira parte e seria um conto perfeito se terminasse ali. A segunda parte pareceu-me mais disconexa mas talvez seja esse o objectivo do autor, para que o leitor acompanhe mais de perto o estado de espírito da personagem.
A escrita é realmente boa e o autor consegue momentos brilhantes na descrição da ilha e da natureza agreste do Alaska sem no entanto poupar ao leitor a descrição crua e dura dos momentos mais dramáticos.
Gostei muito e recomendo a leitura.

Journal Entry 13 by ladylouve at Lisboa - Benfica, Lisboa (cidade) Portugal on Monday, November 16, 2015
Acabou de chegar!

Irei iniciá-lo assim que terminar a leitura que tenho em mãos.

Obrigada pelo empréstimo e, também, pelo envio! =D

Journal Entry 14 by ladylouve at Lisboa - Benfica, Lisboa (cidade) Portugal on Thursday, November 19, 2015
Achei o livro muito sinistro e perturbador, mas houve alguns elementos duvidosos que lhe tiraram um pouco o realismo e acabaram por não me fazer gostar assim tanto dele.

O meu comentário mais prolongado: http://naomeapeteceestudar.blogspot.pt/2015/11/a-ilha-de-sukkwan.html

Agora, vai para o reino vegetal :)

Journal Entry 15 by wingArvoreswing at Porto Santo (ilha), Madeira Portugal on Friday, November 27, 2015
Já cá está!
Estou com medo, muito medo!...
Mas o melhor é agarrar o boi pelos chifres.

Até breve (espero!)

Ah! E o envelope veio com uma arvorezinha. "So cute!" :-)

Journal Entry 16 by wingArvoreswing at Porto Santo (ilha), Madeira Portugal on Thursday, January 14, 2016
O cenário do livro era-me familiar e isso tornou tudo muito mais vívido, mais intenso. Nunca estive no Alasca, mas a paisagem finlandesa é, em tudo, muito semelhante (à excepção das montanhas, talvez). O verão é idílico e cheio de esperança e o inverno difícil, propenso a desenvolver em nós o pior dos fantasmas que carregamos.
Gostei da divisão entre os livros 1 e 2. No livro 1, o pai de Roy não tem nome, é apenas o pai de Roy, talvez para acentuar esse papel de responsabilidade que falha desde o início. A perspectiva da história é a de Roy. No livro 2, Jim passa a ser o personagem central, lemos-lhe o pensamento e as inquietações.
Desde as primeiras páginas, sentimos que algo não está bem com Jim, que a viagem foi mal organizada e que algo vai acabar mal. A escrita é inteligente e mantém essa tensão latente, agarrando-nos até ao fim.
Confesso que, durante o livro 2, pensei sempre que haveria outro desfecho, que tudo era um devaneio de Jim, reflexo do seu estado de desequilíbrio. Afinal, no livro não há redenção. Se o li tão rapidamente (em duas ou três vezes, só por causa das "obrigações" familiares), é muito bom sinal.
Muito obrigado pela partilha.
Vai seguir viagem para a ichigochi brevemente (amanhã, talvez).

Journal Entry 17 by wingArvoreswing at Porto Santo (ilha), Madeira Portugal on Wednesday, January 20, 2016
Enviado hoje para a ichigochi.
Boa viagem!... :-)

Journal Entry 18 by ichigochi at Vila Nova de Gaia, Porto Portugal on Tuesday, January 26, 2016
Já está comigo.
Obrigada ao Árvores, pelo envio, e à marialeitora, pela partilha. :)

Journal Entry 19 by ichigochi at Vila Nova de Gaia, Porto Portugal on Wednesday, February 24, 2016

Atenção aos SPOILERS, pessoal que ainda não leu... :)

Fiquei muito surpreendida com o rumo da história neste livro, não só porque o suicídio de Roy é completamente inesperado e sem sentido, mas sobretudo porque tinha lido uma entrevista ao autor e sabia que o livro se baseava na experiência pessoal de o pai se ter suicidado quando ele tinha 13 anos.
O pai convidou-o a passar uma temporada com ele numa ilha do Alasca, ele recusou, o pai suicidou-se e ele demorou muito tempo a reconciliar-se com os acontecimentos (dizia inclusive que o pai tinha morrido de cancro) e a aceitar que não tinha qualquer culpa do ocorrido.
A reconciliação do autor com o seu passado foi conseguida em parte através da escrita deste livro (ou melhor, do conjunto de histórias "Legend of a Suicide", "A ilha de Sukkwan" é apenas uma delas e foi publicada separadamente fora dos EUA).
Depois de ler esta entrevista, eu fiquei convencida que o pai de Roy ia suicidar-se, tinha a certeza que era isso que ia acontecer, já estava a pensar que ia a meio do livro e o pai nunca mais se suicidava... e foi por isso que o acto de Roy me apanhou particularmente desprevenida.
Entretanto fui ler sobre as outras histórias de "Legend of a Suicide" e percebi que o autor escreveu várias versões de uma mesma história (que nunca corresponde exactamente à dele). De alguma forma, o que o ajudou a ultrapassar o trauma, foi olhar para o evento de vários ângulos, imaginando diferentes cenários e seguindo rumos alternativos.
Por isso, não acho que o suicídio de Roy tenha sido um "esquema" para surpreender os leitores, nem me parece que ele tenha escrito o livro a pensar nisso. Parece-me antes que tenha sido uma necessidade pessoal de explorar essa possibilidade e de colocar uma versão ficcionada do pai a confrontar-se e a reagir a essa realidade, por mais absurda que nos pareça...

É difícil comentar a leitura do livro sem ter presente todos estes aspectos.
Se não soubesse o que está por trás da obra, diria que, apesar de bem escrito, o livro tem uma segunda parte sem sentido, baseada numa reviravolta forçada da narrativa e com um rumo absurdo.

Sabendo, tenho de dizer que o livro está muito bem conseguido, em particular esta divisão em duas partes, em que passamos da perspectiva do filho para a do pai e dos dilemas interiores de um para os do outro... não esquecendo o confronto constante com a Natureza que, como é referido na tal entrevista, parece uma terceira personagem do romance.

Para quem tiver curiosidade, a entrevista que refiro está aqui:
https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/david-vann-perdeu-o-pai-e-depois-recuperou-o-num-livro--287697

Muito obrigada pela partilha.
O livro já seguiu ontem de volta para a marialeitora.

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