Um dia na vida de Ivan Deníssovitch
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Expressamente citado pela Academia Sueca no momento da atribuição do Prémio Nobel de Literatura a Aleksandr Soljenítsin, em 1970, Um dia na vida de Ivan Deníssovitch foi o primeiro romance publicado na União Soviética relatando a vida nos campos de trabalho dos prisioneiros políticos e a repressão estalinista.
Nessa altura, em 1962, embora causando grande polémica interna, a obra foi saudada em todo o mundo como símbolo da nova literatura russa e da abertura krutcheviana. Mas em 1974 Soljenítsin viria, depois de expulso da União dos Escritores, a ser detido e deportado.
Um dia na vida de Ivan Deníssovitch relata um dia de um prisioneiro num gulag do Cazaquistão. Narrativa brilhante e densa, herdeira das grandes tradições da literatura russa.
"O pensamento do recluso também não é livre, volta sempre ao mesmo, remexe e volta a remexer."
Um dia, como diz o título.
Apenas um dia.
Mais um, na vida de um recluso.
Um dia demasiado longo, demasiado frio, demasiado duro.
Mas também recheado de pequenas grandes conquistas.
Pequenos nadas que alimentam as almas e os corpos.
Insignificâncias carregadas de significado para quem está afastado da sua liberdade.
Um livro muito intenso.
Um tratado sobre resiliência.